“Trata-se de uma candidatura meramente instrumental que mostra de forma muito clara a fragilidade da candidatura do PSD. Há seis meses, a candidatura do PSD aparecia com 60 por cento das intenções de voto, na última sondagem aparece com 33 por cento. Havia que criar uma candidatura para tentar fragilizar o projeto alternativo sólido e credível liderado por Manuel Pizarro”, comentou o presidente da Federação Distrital do PS do Porto, lembrando que o ex-autarca esteve presente no anúncio da candidatura de Luís Filipe Menezes.
Nuno Cardoso garantira, ao falar com a Lusa, que é “uma resolução individual que conta com o apoio de alguns amigos”, tendo por intuito “responder a um apelo muito forte” da população. “Estamos no começo, nada foi planeado, nem premeditado, nem é uma obsessão. Senti que era meu dever manifestar esta disponibilidade para servir o Porto e os portuenses”, reforçou.
Enquanto o sexto candidato recolhe as 6000 assinaturas necessárias à oficialização do processo, o outro independente, Rui Moreira, desejou-lhe as boas-vindas à corrida eleitoral, mas com uma exigência: “novas ideias”.
“Como é lógico, num modelo democrático todas as candidaturas à partida são bem-vindas desde que apresentem novas ideias, novos projetos”, adiantou o candidato apoiado pelo CDS. Rui Moreira descartou uma “leitura política” do avanço de um ex-autarca socialista quando o PS tem um candidato: “isto são coisas que têm muito a ver com as candidaturas de partidos e contra-partidos e de zangas familiares”.
“Não estou na posição de comentador, estou na posição de candidato e naturalmente só posso dizer o que disse e aguardar pelos próximos desenvolvimentos”, complementou, insistindo que Nuno Cardoso “não aparece pelo Partido Socialista, que tem um candidato, que o dr. Manuel Pizarro”.
Não são conhecidas, até ao momento, as reações das candidaturas de Luís Filipe Menezes, Pedro Carvalho e José Soeiro.
