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Número de homícidios em Cabo Verde desceu para 30 em 2019

O ministro da Administração Interna de Cabo Verde, Paulo Rocha, disse hoje que o país registou até ao momento 30 homicídios, comparando com os 37 em todo o ano de 2018, apesar do “pico” de criminalidade na Praia.

A intervenção do ministro Paulo Rocha foi feita na Assembleia Nacional, na Praia, no segundo dia de discussão da proposta de Orçamento do Estado para 2020, depois de a oposição ter apontado o “caos” na situação de insegurança no país.

“Este ano, sendo certo que nós registamos um pico na cidade da Praia, regista-se no total do país 30 homicídios, quando no ano passado foram 37 [janeiro a dezembro]. São ainda mais vidas que estamos a conseguir salvar”, afirmou o ministro da Administração Interna, recordando ainda que em 2017 registaram-se 38 homicídios em Cabo Verde.

Atualmente, disse ainda, as forças de segurança em Cabo Verde registam 49 ocorrências por dia.

Acrescentou que em 2014 o número de homicídios em Cabo Verde foi de 13 por 100.000 habitantes – indicador internacional para aferir o nível de segurança –, registo que foi reduzido para os atuais 5,3.

“Temos um problema na Praia, mas estamos cá nós para dar o devido combate”, disse o ministro Paulo Rocha, num debate marcado pelas críticas da oposição aos vários casos de violência e homicídios ocorridos nos últimos tempos, sobretudo na capital do país, perante a indignação do Governo, recordando tratar-se de um debate sobre o Orçamento para 2020.

“Temos confiança nas instituições da República, nos homens e mulheres da polícia”, afirmou Paulo Rocha.

Cabo Verde, nomeadamente a ilha de Santiago, vive um período conturbado de insegurança, com vários crimes violentos, como homicídios e roubos com recurso a armas de fogo.

Já este mês, após uma reunião com responsáveis pela segurança interna do país, o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, anunciou 14 medidas para combater a criminalidade urbana, entre elas a revisão da lei das armas e o agravamento de penas em caso de reincidência criminal.

Na terça-feira, o diretor nacional da Polícia Nacional de Cabo Verde afirmou que aquela força policial, em conjunto com os restantes parceiros e autoridades, está a “implementar as medidas” definidas, para “devolver a tranquilidade aos cidadãos”.

“A população deverá continuar a confiar na Polícia Nacional porque é o que sabemos fazer: garantir a segurança dos cidadãos”, disse o superintedente-geral Emanuel Moreno.

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