“Nós, portugueses, somos anões e queremos mostrar que somos gigantes”, diz padre Lino Maia
Promete durar a polémica a respeito da construção de um altar-palco para receber as Jornadas Mundiais da Juventude e mesmo dentro da Igreja Católica Portuguesa há quem se mostre indignado com os valores em causa que estão previstos no orçamento da obra que rondará os cinco milhões de euros.
O padre Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), diz que não compreende os valores em causa para a construção de uma infraestrutura para receber, desde logo, as Jornadas Mundiais da Juventude.
“Estou escandalizado com a situação. Nós, portugueses somos anões e queremos mostrar que somos gigantes”, afirmou este elemento do clero, sustentando que não percebe a necessidade de criar esta infraestrutura.
Em declarações no Porto Canal, Lino Maia defende que “o grande acontecimento vai ser a grande concentração de jovens e os jovens certamente que não quererão, não precisarão de grande espavento”.
De acordo com os dados do Portal Base, onde são mencionados os contratos públicos efetuados, é referido que a construção do altar-palco foi adjudicada por um valor a rondar os 4,24 milhões de euros mais IVA.
A este valor tem ainda de se somar “1,06 milhões de euros para as fundações indiretas da cobertura”.
As Jornadas Mundiais da Juventude devem realizar-se em agosto deste ano, e os principais eventos vão realizar-se na zona ribeirinha junto ao rio Tejo nos concelhos de Lisboa e Loures.