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Nascimentos: nunca os números foram tão baixos desde que há registos

bebes_tresO que é preciso fazer para que nasçam mais crianças? A pergunta, feita há tempos pelo Presidente da República, continua sem resposta: nunca, desde que há registos, o número de nascimentos em Portugal foi tão baixo.

Há cada vez menos nascimentos em Portugal e o ano em curso pode ficar na História como o mais negativo nesse tópico, desde que se começaram a fazer registos, no início do século passado. Os dados provisórios, obtidos através do ‘teste do pezinho’, revelaram que na primeira metade de 2012 nasceram pouco mais de 43 mil portugueses, o que dá uma diferença de menos quatro mil quando comparado com igual período de 2011.

A manter-se este ritmo, o número de nascimentos no final deste ano não chegará sequer aos 90 mil, depois de 2011 ter terminado com cerca de 97 mil novos cidadãos. Nunca, desde que os registos começaram a ser feitos em Portugal, esse número foi tão baixo.

Se o cenário é mau, a tendência é para se agravar ao longo do ano, antecipou a demógrafa Maria Filomena Mendes, citada pela TSF: “pode ter implicações na renúncia dos nascimentos desejados, porque muitas vezes vai-se adiando e depois é muito difícil recuperar e acabar por ter uma dimensão familiar próxima da desejada”.

Trata-se duma tendência “extremamente preocupante” que começou a dar sinais ainda nos anos 80 do século passado, segundo a presidente da Associação Portuguesa de Demografia. Se desde então que os casais vinham a adiar, cada vez mais, o nascimento do primeiro filho, o agravar da crise (social e financeira) vai complicar ainda mais o cenário. “No fundo, uma decisão privada individual de milhões de casais acabar por influenciar e condicionar a nossa população no seu conjunto”, acrescentou Maria Filomena Mendes.

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