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Não há mais Jeremy Clarkson no ‘Top Gear’: BBC recusa renovar contrato

top gear Depois de agredir um produtor, Jeremy Clarkson não voltará a apresentar o ‘Top Gear’. O apresentador não foi despedido, mas a BBC anunciou que não vai renovar o contrato. Chega assim ao fim uma investigação de 15 dias que apaixonou os fãs do conhecido programa sobre carros.

Foi com uma ‘bombshell’ que a BBC anunciou os resultados do inquérito ao incidente com Jeremy Clarkson e Oisin Tymon: a agressão do apresentador do conhecido programa ‘Top Gear’ ao produtor não é motivo para despedimento porque… o contrato de Clarkson está a chegar ao fim.

Quando a maioria das previsões apontavam para o despedimento do apresentador, Tony Hall, o diretor geral da BBC, explicou (por comunicado) que o ‘castigo’ de Clarkson será a não renovação do contrato.

O comunicado apresenta ainda o resumo das conclusões do inquérito que, durante 15 dias, apaixonou os milhares de fãs do conhecido programa sobre carros. A BBC deu como provado que Jeremy Clarkson agrediu verbal e fisicamente Oisin Tymon, sem que deste tenha havido qualquer provocação.

O incidente ocorreu a 4 de março, no Hotel Simonstone Hall, em North Yorkshire, onde a equipa de ‘Top Gear’ estava em gravações.

Um ataque físico não provocado, que durou cerca de 30 segundos, deixou o produtor com “inchaço e sangramento do lábio”. Mais: Oisin Tymon, que não reagiu durante o ataque, ficou “claramente em choque” com a situação e a convicção de que seria despedido. Acabou por ser examinado, num posto médico, quase de seguida.

Mais longa terá sido o ataque verbal, com Jeremy Clarkson a recorrer a palavrões e a ameaçar Oisin Tymon com um futuro despedimento. A discussão foi audível na sala de jantar do hotel e junto a um quarto.

A 9 de março, o apresentador do ‘Top Gear’ foi reportar o caso a Tony Hall, não tendo escondido qualquer detalhe. No dia seguinte, foi aberto o inquérito.

O diretor geral realçou ainda, no mesmo comunicado, que Clarkson terá tentado contactar Oisin Tymon nos dias seguintes, quer pessoalmente, quer por email, quer por telefone, para se desculpar pelo sucedido.

Embora não tenha sido despedido, o apresentador não voltará ao ‘Top Gear’, que fica nas mãos de James May e Richard Hammond. Mas a imprensa da especialidade alertou para a hipótese da BBC estar a dar um tiro no pé.

O programa é um sucesso de audiências e de vendas (a BBC exporta o formato para mais de 200 países) e muito desse sucesso se deve à personalidade frontal e ríspida (e racista, xenófoba e misógina, acrescentam milhares de críticos) de Jeremy Clarkson, que em breve ficará livre para assinar por outras estações.

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