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Municípios do norte prometem guerra ao Governo pelo financiamento comunitário

Os municípios do norte deixaram um sério aviso ao Governo, exigindo uma palavra na aplicação dos investimentos a realizar com os financiamentos comunitários do programa Portugal 2020.

Fernando Queiroga, presidente da Câmara de Boticas e da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Tâmega e da Câmara de Boticas, foi o porta-voz de um grupo de 86 autarcas, que hoje reuniram para analisar a reprogramação do Portugal 2020.

Os municípios recusam ser “barrigas de aluguer” para os investimentos do Estado, como aconteceu no Alto Tâmega, onde toda a verba para a área da saúde (um milhão de euros) teve o mesmo destino, o bloco operatório do Hospital de Chaves.

“Nós queremos muito esse investimento, porque era uma necessidade, mas não têm que estar a usar os municípios” para ‘dar à luz’ os investimentos do Estado, condenou Fernando Queiroga.

Os autarcas de 86 municípios do norte prometem guerra ao Governo se for avante o que “está na calha”: uma alocação de verbas nos programas operacionais regionais para investimento do Estado, ao abrigo de financiamento comunitário dedicado ao investimento regional.

“Não estamos dispostos a continuar a ser barrigas de aluguer para investimentos do Estado”, ameaçaram os municípios, por intermédio do porta-voz.

“Que se defina de uma vez por todas o que é que querem e, se são obrigações do Estado, não têm que estar a alocar dinheiros para as câmaras municipais”, reforçou o edil de Boticas.

Após uma análise às “gavetas” do Portugal 2020, os autarcas encontraram 500 milhões de euros alocados a investimentos do Estado, prometendo apresentar sugestões de reafetação das verbas para investimentos ‘verdadeiramente’ regionais.

Se o Governo mexer no programa, os municípios nortenhos exigem também uma reprogramação que contemple áreas como a mobilidade urbana, o reforço dos Programas de Valorização Económica de Recursos Endógenos, o património natural e a eficiência energética.

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