A austeridade pode chegar ao futebol: a diferença entre Portugal estar no Mundial do Brasil ou não ronda os 400 milhões de euros. As contas são do IPAM, que avança para uma injeção superior a 600 milhões na economia portuguesa caso a Seleção seja campeã do mundo.
O Campeonato do Mundo de futebol não se joga só dentro das quatro linhas: o Instituto Português de Administração e Marketing (IPAM) fez as contas sobre o impacto na economia e calculou que a participação da Seleção Nacional vale entre os 200 milhões de euros, caso seja afastada no playoff pela Suécia, e os 600 milhões de euros, isto se conseguir o título mundial.
No estudo, que foi hoje apresentado, analisa as receitas obtidas e possíveis em vários tópicos, como o pagamento pelas transmissões televisivas, a publicidade e até os direitos envolvendo as apostas. As contas variam entre os 200 milhões, que correspondem à campanha de apuramento e ao playoff com a Suécia, e podem subir até aos 600 milhões de euros, caso Portugal consiga ser campeão do mundo.
Eliminar a equipa de Ibrahimovic corresponde a um ‘pontapé na austeridade’: só pela presença na fase de grupos, Portugal poderá trazer do Brasil um impacto económico de 438 milhões de euros. Nas contas do IPAM, cada partida da fase de grupos corresponde a um valor de 167 milhões de euros, ao que se somam os 110 milhões com que é avaliado o estágio.
Se a Seleção ultrapassar para as eliminatórias, o impacto na economia sobe consideravelmente: entre os 469 milhões de euros dos oitavos de final para os 503 milhões de euros de atingir os ‘quartos’. No caso de Portugal vencer a final, adianta o IPAM, o valor gerado para a economia nacional rondará os 60 milhões de euros.