Investigador norte-americano tinha 88 anos e faleceu quarta-feira, 4 de julho. Para trás deixa um trabalho incrível na tecnologia e uma marca na informática desde a década de 70.
Se está a ler este artigo num computador certamente chegou até cá através de um clique no seu rato.
Esta peça é indispensável nos dias de hoje, mas para tal alguém teve de virar o mundo ao contrário para tal ser possível por estes anos.
Douglas Engelbart, formado em engenharia eletrónica e informática em 1948, na Universidade de Oregon, foi o responsável pela criação do rato de computador.
Após terminado o curso, esteve uns anos na Marinha dos Estados Unidos, a trabalhar com radares. Passou ainda pelo laboratório aeronáutico de Ames, mas viria a regressar aos estudos. Em 1951 entra na Universidade de Berkeley e desde cedo inicia a sua participação num projeto dessa instituição na criação de um computador virado para o consumo pessoal.
Em 1955 consegue o doutoramento em engenharia eletrónica. Seguiram-se anos como professor e em 1963 arranca com a Augmentation Research Center, um projeto financiado pelos Estados Unidos.
Cinco anos depois Engelbart apresenta em São Francisco aquele que seria um ‘rascunho’ dos computadores do futuro. Entre outros equipamentos, o rato saltava desde logo à vista.
Estava longe de ser igual aos dos dias de hoje. Tratava-se de uma caixa em madeira, com duas esferas no seu interior, que permitia a navegação do ponteiro pelas janelas do sistema.
A patente do rato seria atribuída em 1970.
Atualmente, e desde 1990, Douglas Engelbart dirigia o Bootstrap Institute, em Palo Alto, Califórnia, o mais conceituado centro de tecnologia do planeta.
Morreu esta quarta-feira, 4 de julho, com 88 anos.