A redução do efetivo dos EUA na base das Lajes não “diminui a importância das relações bilaterais” com Portugal, defendeu a Embaixada norte-americana: “os dois países têm uma longa relação, de benefício mútuo e muito produtiva”.

O anúncio de que os Estados Unidos da América se preparam para reduzir o efetivo militar na base das Lajes, uma instalação norte-americana nos Açores, começou a provocar ondas de choque a nível político. Depois do presidente do Governo Regional dos Açores ter alertado para “o impacto social e económico” da medida, a Embaixada dos EUA assegura que a decisão “de modo algum diminui a importância das relações bilaterais”.

“Esta decisão enquadra-se nos esforços do Governo norte-americano em todo o mundo de alocar o nível adequado de meios para levar a cabo as missões” militares, justificou a Embaixada, num comunicado enviado ao Expresso, salientando ainda ter informado “o Governo português da decisão final” de “modificar a estrutura” da base militar.

“Os dois países têm uma longa relação, de benefício mútuo e muito produtiva”, recorda a nota da diplomacia norte-americana, insistindo que a redução do efetivo militar “em nada afeta a importâncias das relações bilaterais nem afeta a importância estratégica das Lajes”.

O impacto social e económico pode ter reflexos no contingente português a trabalhar na base, com 300 do total de 600 efetivos a poderem ser despedidos. “A redução decidida pelos Estados Unidos terá obviamente consequências”, admitiu o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, prometendo que “Portugal assumirá em breve a sua posição nacional sobre essa matéria”.