Economia

Missão da troika vê Portugal “no bom caminho” e a “exceder as expectativas”

troikaNuma nota relativa à sétima avaliação ao programa, a troika defendeu que Portugal “está no bom caminho” e a “exceder as expectativas”. Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu destacam as reformas estruturais levadas a cabo e a estabilidade do setor financeiro português. No entanto, a missão só liberta a próxima tranche depois de conhecer a reforma do Estado.

Não obstante Portugal ter revisto em alta as metas do défice e o desemprego manter a sua escalada imparável (pelo menos, até 2015 o número de desempregados vai aumentar), a troika considera que Portugal segue “no bom caminho”.

Num comunicado emitido nesta sexta-feira, no seguimento da sétima avaliação da troika ao programa português, Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu mantêm a posição de que o país está no trilho certo.

A troika salienta que as metas definidas para o fim de 2012, no que diz respeito ao défice orçamental, foram atingidas. Por outro lado, Portugal manteve o setor financeiro estável, além de ter levado a cabo “reformas estruturais”.

Na mais difícil missão da troika em solo luso, onde foram discutidas alterações à reforma do Estado que o Governo terá de implementar, Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu teceram mais elogios a Portugal, cujo “ajustamento externo continua a exceder as expectativas”.

As previsões falhadas no que diz respeito a crescimento económico são justificadas pela missão da troika como efeito de uma contração da actividade económica na Zona Euro, que levou a uma queda nas exportações. Outro fator inesperado está relacionado com “baixos níveis de confiança”, decorrente da situação económica do país, e com elevados níveis de endividamento no setor privado.

E estes erros de cálculo – aos quais a própria troika não está alheia – levaram a que houvesse necessidade de reavaliar algumas “escolhas políticas” e à alteração do programa previsto para Portugal.

Perante este cenário de adversidade económica, o Governo não deve mudar de políticas, nem deve necessitar de um reforço financeiro. As “necessidades de financiamento suplementares” devem ser conseguidas através de receita proveniente das privatizações.

No bom caminho e a superar as expectativas, Portugal terá, no entanto de esperar até maio pela libertação da próxima tranche, prevista no empréstimo: 2000 milhões de euros.

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