Economia

Ministro Paulo Portas pede “compromisso entre Portugal e Alemanha” antes da chegada de Merkel

paulo portasO ministro dos Negócios Estrangeiros não esperou que a chanceler alemã chegasse a Belém. “Não é coerente termos uma mesma moeda e demasiadas políticas económicas sem a respetiva coordenação”, afirmou Paulo Portas, apelando ao “compromisso” entre Portugal e Alemanha.

Angela Merkel só estará presente na sessão de encerramento do Encontro Empresarial Luso-Alemão, a decorrer no Centro Cultural de Belém, mas os ‘recados’ de Portugal começaram a ser dados bem cedo. Logo na sessão de abertura, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, apelou a um “compromisso” luso-alemão na definição da união bancária na zona euro e nas negociações do quadro comunitário de apoio para 2014-2020.

“As crises financeiras tornaram claro que não é coerente termos uma mesma moeda e demasiadas políticas económicas sem a respetiva coordenação. Os factos também testemunharam que os cidadãos na Europa querem uma União que antecipa os problemas e não apenas que reaja às suas consequências”, argumentou Paulo Portas.

O ministro português defendeu a união bancária como um “projeto muito importante para separar o risco soberano do risco particular de cada empresa”, antes de salientar a necessidade de um “compromisso entre Portugal e a Alemanha para o novo quadro” comunitário de apoio.

Quanto a uma eventual renegociação do resgate financeiro, quer sobre a especificidades dos juros cobrados, quer às medidas de austeridade exigidas, nem uma palavra do membro do Governo.

Perante os empresários, Paulo Portas referiu que “as relações económicas entre os dois países podem crescer”, salientando casos de estudo para eventuais investimentos por parte do país de Angela Merkel: “existe um grande interesse alemão no cluster aeronáutico, no cluster automóvel, e nas indústrias farmacêutica ou de moldes”. A concretização desses interesses em negócios é algo que depende apenas dos empresários, pois “o que compete ao Governo é criar um ambiente favorável, tudo o resto compete às empresas”.

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