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Ministro da Saúde “não está lá a fazer nada”, afirma bastonário dos médicos

Miguel Guimarães não entende para que serve um ministro da Saúde quando as negociações com o setor são feitas pelo responsável das Finanças. “Se não se sente capaz de bater o pé, não está lá a fazer nada”.

O bastonário da Ordem dos Médicos (OM) reagiu assim, com declarações à Renascença, às notícias de que seria Mário Centeno a representar o Governo nas negociações com as administrações hospitalares do norte.

Esta informação, avançada pelo Jornal de Notícias, foi entretanto oficialmente desmentida pelo Ministério das Finanças.

Para Miguel Guimarães, se for o ministro das Finanças a definir as políticas de Saúde, então a tutela entregue a Adalberto Campos Fernandes é inútil.

“Se o ministro da Saúde não se sente capaz de bater o pé ao ministro das Finanças e não se sente capaz de cumprir a sua principal missão no pelouro que tem, é evidente que não está lá a fazer nada”, sustentou.

Para o bastonário da OM, é “urgente” que António Costa se decida sobre quem é o efetivo governante da Saúde.

“Não podemos estar numa situação em que, constantemente, não sabemos o que vai acontecer no dia seguinte”, insistiu.

É precisamente essa instabilidade que está na origem das “tantas greves” que se têm registado.

“Nunca houve tantas como agora, porque a saúde está pior hoje do que há três ou quatro anos”, concluiu Miguel Guimarães.

Em comunicado, o Ministério das Finanças tinha comentado a “notícia falsa” do JN, negando que Mário Centeno tenha estado presente em reuniões setoriais sem a presença de Adalberto Campos Fernandes.

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