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Ministério Público “deve reabrir processo Maddie”, defende antigo inspetor da Judiciária

madeleine1Em declarações ao Correio da Manhã, um antigo inspetor da Polícia Judiciária (PJ) defende que o processo de Maddie McCann deve ser reaberto. António Teixeira, que foi responsável pela brigada de homicídios, adianta que a investigação deve prosseguir com escavações ao quintal de Robert Murat, depois da denúncia de um empresário que diz saber da localização do corpo de Madeleine.

O processo de Maddie deve ser reaberto, segundo entende um antigo inspetor da PJ, em declarações àquele jornal. António Teixeira baseia a sua tese nos mais recentes desenvolvimentos do caso da criança britânica, desaparecida em 2007, na Praia da Luz.

António Teixeira dá relevância à investigação particular do empresário Stephen Birch, que diz ter provas de que o corpo de Maddie está enterrado na casa de Robert Murat. Birch realizou, ao longo de anos, uma exaustiva pesquisa, concluindo que Maddie está enterrada na casa de Murat (britânico que mora ao lado do Ocean Club, de onde desapareceu Madeleine McCann).

Para o antigo inspetor da PJ, estas informações devem ser tidas em contas pelas autoridades portuguesas, que devem avançar para a reabertura do processo, precisamente com um mandado que permita proceder a escavações no quintal de Murat. “Para afastar dúvidas, não há melhor alternativa do que proceder às escavações”, defendeu o ex-inspector-chefe ao Correio da Manhã.

Stephen Birch revela que chegou a estas conclusões depois de um trabalho intenso, apenas porque a história lhe suscitou interesse. O desaparecimento de Maddie levou a que este empresário, desde 2007, tenha feito diversos estudos. E o ponto essencial da pesquisa centrou-se nos terrenos da Praia da Luz, com recurso a tecnologia que permitiu perceber mudanças capazes de transmitir informação. Os resultados não deixam margem de dúvida: os terrenos do quintal de Murat sofreram alterações, nos últimos cinco anos, que comprovam que há um corpo escondido.

Segundo este empresário sul-africano, o corpo de Madeleine McCann está enterrado numa “zona de passagem de cimento”, construída “depois do desaparecimento da criança”. Birch já fez uma participação à PJ, a relatar a descoberta, mas a verdade é que não é conhecida qualquer diligência das autoridades no sentido de avançar para uma investigação.

Robert Murat já emitiu um desmentido, considerando que a investigação deste empresário e as conclusões sobre o alegado paradeiro do corpo são uma “loucura e estupidez”. Curioso é que, no Reino Unido, Maddie também é notícia, mas porque segundo um detetive, há “fortes indícios de que esteja viva”.

Independentemente de qualquer uma das teorias, António Teixeira mantém que a PJ deve utilizar todas as pistas que surgirem. O ex-inspetor-chefe da Judiciária considera que a secção de Homicídios tem legitimidade para avançar. Robert Murat, recorde-se, é britânico mas reside no Algarve. Foi um dos suspeitos de um alegado rapto de Maddie, num processo que acabou arquivado.

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