Fórmula 1

Mercedes faz compromisso contrariada mas para bem da F1

Depois de ter expressado a sua insatisfação sobre a forma como a FIA lidou com a questão da legalidade do Ferrari de 2018, a Mercedes assumiu que fez um compromisso relativamente aos futuros regulamentos da Fórmula 1.

Recorde-se que a Federação Internacional do Automóvel exigiu à Ferrari que alterasse o sistema de gestão de energia do SF71H, passando a ser impossível que uma bateria forneça mais energia, o que era conseguido através de um sensor anteriormente autorizado.

A equipa de Maranello terá alterado o sistema e a FIA ficou satisfeita com aquilo que a Ferrari lhe apresentou. Correm rumores que a Mercedes talvez viesse a apresentar um protesto, mas Ciry Abiteboul, da Renault, acredita que o principal problema vem dos regulamentos técnicos em si: “Precisamos de uma tecnologia mais simples na Fórmula 1. E mesmo a FIA tem dificuldade em controlar o que está a acontecer. Vamos no caminho errado”.

Em 2021 surgirá um novo regulamento para os motores que serão introduzidos, e Toto Wolff anunciou desde já que a Mercedes assumiu um compromisso para os aceitar para bem da disciplina, pois tem como finalidade atrair mais construtores para a F1.

Acredita-se que a arquitetura futura das unidades de potência V6 turbo/híbridas devam permitir um melhor espetáculo em pista. Wolff explica desde já o que a marca que representa aceitou: “Já fizemos concessões em pontos importantes como o abandono do MGU-H. Pensamos que damos um passo atrás em termos de tecnologia, mas aceitamos este compromisso para bem do motor. Os regimes vão aumentar, a limitação de consumo de gasolina vai diminuir e o ruído vais ser melhor”.

“Em termos de motor não estamos longe de resolver todos os casos. A única grande coisa que falta regular é que continuamos a investir muito no desenvolvimento e temos de encontrar uma solução para dispensar menos recursos nos próximos anos, já que vamos assumir o custo do novo grupo propulsor”, assinala o diretor da equipa Mercedes.

A questão dos custos continua a ser um ponto essencial para alguns protagonistas com menos recursos, como a Williams, defensor de um enquadramento do aspeto financeiro: “A Liberty (dona da F1) compreendeu que um orçamento limitado não podia ser aplicado do dia para a noite. Este processo deve ser para vários anos e ter em conta as estruturas de cada (equipa) um. A Libery tem em conta, e é claro, que vamos defender as nossas estruturas. Isso expressamo-lo claramente”, remata Toto Wolff.

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