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Medidas da troika começam a afetar negativamente o Sistema Nacional de Saúde

enfermeiroOs cortes orçamentais aplicados no Sistema Nacional de Saúde (SNS) começam a fazer-se sentir nos cuidados prestados aos cidadãos, de acordo com o relatório ‘Primavera 2012’. Os utentes não têm dinheiro para pagar as novas taxas moderadoras, o que leva muitos a abandonar precocemente os tratamentos.

As medidas implementadas pela troika começam a fazer-se sentir negativamente nos cuidados de saúde prestados aos portugueses, segundo o relatório ‘Primavera 2012’, apresentado hoje, pelo Observatório do Sistema Nacional de Saúde.

A instituição revela que este racionamento no que toca às verbas despendidas nos cuidados de saúde prestados é “implícito”. Não parte de decisões explícitas para restringir cuidados, mas “de um clima de intensa contenção de gastos”.

Já na semana passada, o secretário de Estado Adjunto da Saúde, Fernando Leal Costa, falou na criação de uma ‘carteira de serviços’, onde só constassem os serviços essenciais e de eficácia comprovada, o que suscitou a ‘revolta’ da bancada do PS, pedindo explicações ao Governo de Passos Coelho.

O OPSS responsabiliza as medidas da troika e a crise financeira por esta repercussão negativa, citando como exemplo aqueles cidadãos que não têm a possibilidade de pagar as novas taxas moderadoras.

Estas limitações económicas levam muitos utentes do SNS a abandonar os tratamentos quando começam a sentir os primeiros sinais de melhoria. Por outro lado, há um aumento dos prazos de decisão para a realização de tratamentos, a fim de serem reduzidos custos com “prejuízo para os doentes” e a existência de uma resposta terapêutica mais longa face aos diagnósticos apontados.

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