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Economistas acham que recapitalização da banca de Espanha não basta

mariano_rajoyVem aí um plano de resgate a doer para a Espanha, de acordo com economistas, que analisaram esta recapitalização da banca, em 100 mil milhões de euros. O colapso financeiro espanhol é uma fatalidade, caso não seja aplicado um programa de resgate semelhante ao que Irlanda, Grécia e Portugal enfrentam, com medidas de austeridade que reduzam despesa do Estado.

Alguns economistas analisaram este apoio de 100 mil milhões de euros a Espanha, para recapitalizar os bancos, e consideram que se trata de uma operação de cosmética, que não evitará uma fatalidade: Espanha necessitará de um plano de resgate semelhante ao que foi aplicado na Irlanda, Grécia e Portugal, com reformas no Estado e muita contenção de despesa.

Num trabalho realizado pela Reuters, os especialistas consideraram que os espanhóis devem esperar uma política de austeridade durante os próximos anos, já que consideram que não basta injetar dinheiro na banca sem proceder a medidas que invertam o caminho da economia espanhola.

No total a Reuteurs ouviu 59 vozes avisadas nesta matéria, sendo que mais de metade aponta como “provável” ou “muito provável” o colapso da economia do Estado espanhol, sem um plano de resgate mais austero.

Uma percentagem idêntica consideram que a Zona Euro não vai perder nenhum dos seus 17 estados, durante o próximo ano. Mas apontam uma realidade muito frágil, durante o próximo ano, em todos os países que integram o projeto monetário europeu.

Esses economistas temem que os obstáculos políticos e as cisões na União Europeia possam colocar em causa uma recuperação rápida, sendo que os países do sul da Europa terão dificuldades acrescidas. A Espanha não escapa a essa realidade, mesmo com uma injeção de 100 mil milhões no seu sistema bancário, no entendimento destes especialistas.

Os elevados juros da dívida espanhola atingiram máximos históricos (a 10 anos), batendo nos 6,85 por cento. É um sinal dado pelos investidores de que Espanha necessita de um apoio adicional, que implicará medidas que poderão prejudicar o crescimento, mas que se impõem.

Enquanto Irlanda e Portugal veem o apoio ‘benévolo’ a Espanha como oportunidade para renegociar as condições duras da troika, os economistas consideram que sucederá o contrário: Espanha vai ficar sob as mesmas condições austeras dos restantes países alvo de resgate.

O próprio líder do governo espanhol, Mariano Rajoy, considera que a “situação da Europa é insustentável e imprevisível”, além de que poderá “levar o euro ao limite”.

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