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Medicamentos: Ministério quer redução de 350 milhões na despesa

medicamentosO Ministério da Saúde quer reduzir a despesa em medicamentos e vai tentar negociar com a indústria farmacêutica um desconto no valor de 350 milhões de euros. Fonte ligada ao Ministério de Paulo Macedo admitiu que o objetivo é fazer mais do que o assumido com a troika.

Paulo Macedo, ministro da Saúde, terá dado ordens para endurecer as negociações com a Apifarma, a entidade que representa a indústria farmacêutica. O objetivo do governante é obter um acordo para a redução da despesa do Estado nos gastos com medicamentos, com o Ministério a tentar que essa descida supere em quase três vezes o valor inicial, que apontava para os 120 milhões de euros.

As negociações prometem ser duras, depois da indústria farmacêutica ter aceite dois cortes consecutivos, isto quando a ministra da Saúde era Ana Jorge. A governante obteve um primeiro acordo que previa um corte de 234 milhões de euros na despesa com medicamentos, o qual acabou por ser superado com uma descida de 312,1 milhões. Para este ano, a equipa de Ana Jorge tinha previsto com a Apifarma uma nova redução, na ordem dos já referidos 120 milhões.

Esta verba está longe de satisfazer Paulo Macedo, que pretende quase o triplo da poupança. Segundo o Diário Económico, o Ministério da Saúde pretende recorrer à ‘bomba atómica’ para forçar a indústria farmacêutica a aceitar negociar, nomeadamente impondo uma nova baixa administrativa sobre os preços dos medicamentos. Segundo fonte do Ministério citada pelo mesmo jornal, o novo objetivo situa-se entre os 250 milhões a 350 milhões de euros.

“O anterior acordo acabou no ano passado. Está em causa agora ir além da meta da troika fixada para redução da despesa com medicamentos”, justificou a mesma fonte, admitindo que os gastos dos hospitais já este ano reforçam a preocupação do Ministério, visto que ainda não houve “uma redução de despesa como seria desejável”.

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