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A médica portuguesa que preparou atentados e defendeu a violência

Em entrevista à RTP3, a médica Isabel do Carmo reconta a história das Brigadas Revolucionárias, movimento que realizava atentados, assaltava bancos e que promovia a violência. “Os assaltos tinham como base o ideal. Eram milhares de contos. Esse dinheiro era necessário para se comprarem armas, explosivos, para pagar casas e carros”, lembra. Veja o vídeo.

Isabel do Carmo, médica, é fundadora das Brigadas Revolucionárias, uma organização de dissidentes do PCP que nasceu nos anos 70 e que promovia a violência.

Aquela organização deu origem ao Partido Revolucionário do Proletariado, que defendia que o poder deveria estar nas mãos do povo.

Um partido que realizava ataques bombistas. Um partido que defendia a insurreição popular, para tomar o poder.

Nos ‘manual de procedimentos’ deste movimento, estavam atentados, que não tinham o objetivo de matar, mas que colocava vítimas perante esse perigo.

“Os nossos atentados não provocaram vítimas”, diz.

As brigadas realizavam assaltos a bancos. Isabel do Carmo fazia parte da preparação desses assaltos. O objetivo era angariar fundos para a sua luta armada.

“Havia informações lá de dentro, dos bancários, que diziam se havia dinheiro e vigilância. Era como nos filmes (…) Os assaltos aos bancos tinham como base o ideal. Eram milhares de contos. Esse dinheiro era necessário para se comprarem armas, explosivos, para pagar casas e carros”.

Isabel do Carmo entrou na luta armada antes do 25 de Abril. Acaba de lançar o livro ‘Luta Armada’.

Ontem, em entrevista a Vítor Gonçalves, na RTP3, regressou ao passado para contar uma história que as gerações mais jovens desconhecem.

Passaram mais de 40 anos e Isabel do Carmo não se arrepende dos seus atos. Mesmo que esses atos a tenham conduzido à prisão: foi condenada e cumpriu pena.

“Não estou a apelar a nenhuma insurreição. Mas estamos a assistir na Catalunha a uma ida à rua… Naquela altura, o que era possível era que o poder emanasse das bases e que desse origem a um Governo”

Ainda hoje Isabel do Carmo defende esta ideia, por considerar que não existe Democracia.

Veja o vídeo da entrevista que conta uma parte da história da luta pela mesma Democracia que, afinal, ainda não existe, segundo esta médica.

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