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Matou a mãe com um tiro. Tem apenas 2 anos de idade

mãe armaUma mulher morreu na cidade de Milwaukee, no Wisconsin, vítima de um tiro acidental, disparado pelo filho de 2 anos de idade. A arma tinha sido deixada no carro do namorado da vítima, Patrice Price. É mais uma morte muito comum nos Estados Unidos, que só em 2015 contabilizaram 300 incidentes do género. Neste ano, há já 77 ocorrências.

O caso ocorreu em Milwaukee, cidade do estado norte-americano do Wisconsin. Um menino de 2 anos matou a própria mãe, quando brincava com uma arma que tinha sido deixada num automóvel, negligentemente.

De acordo com a Associated Press, Patrice Price conduzia o veículo, quando foi baleada pelas costas, de acordo com a versão do pai da vítima, Andre Price

“Tenho um nó no meu peito. Queria abraçar a minha filha”, desabafou, em declarações reproduzidas pela Globo.

Seguiam no mesmo automóvel a mãe de Patrice e outro filho do casal, de 1 ano. Ninguém se apercebeu de que a criança brincava com a arma – o proprietário da pistola é segurança e ter-se-á esquecido de a colocar em local seguro.

Mas nos Estados Unidos existem inúmeros incidentes semelhantes. Em março, no estado da Flórida, um menino de 4 anos baleou a mãe, em circunstâncias muito semelhantes: uma arma esquecida no carro acabou por ir parar às mãos de uma criança.

O menino conseguiu libertar-se do cinto de segurança e foi ao banco da frente para pegar numa pistola. Apesar de semelhante, o caso teve um desfecho diferente, com a mãe a sobreviver.

Os números de disparos acidentais de crianças é assustador. De acordo com a Everytown for Gun Safety Support Fund, uma organização que se dedica à promoção do uso seguro de armas, contaram-se, em 2015, 278 casos de disparos acidentais por parte de menores idade. Em 2016, esse número poderá ser superado: em menos de quatro meses, há 77 ocorrências.

Entre 2004 e 2013, morreram nos Estados Unidos 999 adolescentes e crianças, vítimas de disparos involuntários, destaca um relatório da Law Center to Prevent Gun Violence, uma organização não-governamental que se dedica a esta temática.

Estima-se que nos Estados Unidos haja dois milhões de lares onde vivem crianças com armas que não estão guardadas em locais seguros.

Não obstante os esforços legislativos e a ampla discussão pública sobre as armas, esta realidade dificilmente será alterada. É uma questão cultural que está em causa: ter uma pistola é normal e o acesso a este tipo de armas está facilitado.

De estado em estado, as regras são diferentes. Alguns criminalizam donos de armas que não protejam as crianças, outros apresentam legislação mais branda.

Patrice Price é mais uma morte a juntar a muitas outras. A sua história é muito semelhante a uma outra, ocorrida também nos Estados Unidos, no estado de Idaho.

Um tiro acidental também disparado por um menino de 2 anos provocou a morte de uma mulher de 29 anos, num supermercado da rede Walmart.

De acordo com o xerife de Kootenai, Ben Wolfinger, o menino conseguiu apoderar-se da arma que a mulher tinha na carteira, alvejando a mãe por acidente, quando esta fazia compras na secção de aparelhos eletrónicos, na companhia de outros familiares.

“Quando as autoridades chegaram ao local, encontraram a vítima já morta”, acrescentou o xerife.

Wolfinger pormenorizou o acidente: “O filho da vítima estava sentado no carrinho de supermercado, retirou a arma da carteira da mãe e disparou, alvejando a vítima”.

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