A antecipação das legislativas seria “o pandemónio”, antecipou ontem Marcelo Rebelo de Sousa. No comentário para a TVI, o ex-líder do PSD referiu que “Passos Coelho só agora está a impor a sua compreensão política a Vítor Gaspar”, um ministro que se destaca pela “teimosia”.
Marcelo Rebelo de Sousa não acredita no cenário de eleições legislativas antecipadas, tanto mais que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, tem dado sinais de que pretende disciplinar o Governo, até aqui dominado pela “teimosia” do ministro das Finanças, Vítor Gaspar.
“Passos Coelho só agora está a impor a sua compreensão política a Vítor Gaspar”, referiu o comentador político, salientando que tem sido devido “ao peso e teimosia de Vítor Gaspar” que o Governo tem vindo a “fazer tudo com seis a nove meses de atraso”.
Um “atraso” que também se nota no pedido à troika para flexibilizar as metas do défice para 2014, feito “com seis a nove meses de atraso”, continuou Marcelo: “está mostrado que somos o bom aluno desde o outono”, pelo que a demora não se entende.
O ex-líder do PSD reconheceu que o primeiro-ministro, tal como revelou o próprio pai de Passos Coelho, deve ter vontade de deixar o executivo, mas que dificilmente isso acontecerá. Certo é que já começam a posicionar-se os interessados para o cargo, com Rui Rio e Paulo Rangel à cabeça, no entender do comentador.
“Até 30 de junho é provável e desejável que o Governo não caia”, pois o cenário de eleições legislativas antecipadas seria “o pandemónio”. Nem o Presidente da República, Cavaco Silva, pretenderia “encavalitar” as legislativas nas autárquicas, que devem ser marcadas para setembro ou outubro.
