A saída de Miguel Relvas do Governo de Pedro Passos Coelho é, para Marcelo Rebelo de Sousa, uma inevitabilidade. No comentário na TVI, o professor aponta um sucessor ideal: Luís Marques Mendes. Marcelo diz que Passos não tem alternativa, porque o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares “é um desgaste objetivo para a credibilidade do Governo”.
De acordo com o professor Marcelo Rebelo de Sousa, a saída de Miguel Relvas do Governo de Pedro Passos Coelho é inevitável. Mais tarde ou mais cedo, o primeiro-ministro terá de substituir o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, em consequência de todas as pressões que surgem dentro do partido e de personalidades associadas ao CDS, partido que faz parte da coligação de Governo.
No seu comentário na TVI, Marcelo Rebelo de Sousa sublinha que este caso da licenciatura de Miguel Relvas “é um desgaste objetivo para a credibilidade do Governo”, sendo que o executivo “passa metade do seu tempo a defender-se”.
Acresce que há diversas vozes que se escutam, mesmo dentro do PSD e do CDS, a criticar Miguel Relvas, pelas sucessivas polémicas em que está envolvido. Depois de António Capucho, Bagão Félix e Pires de Lima, surgiu Alberto João Jardim, a fazer piada sobre o assunto.
“Também vou requerer várias licenciaturas para mim. É um direito que tenho. Ao longo de 30 anos de Governo Regional, pertenci a diversas associações filantrópicas. Isto dá para uma licenciatura em Informática, outra em Biologia, mais uma em Veterinária e ainda outra em Astronomia”, disse Jardim.
Marcelo reuniu todos os episódios sobre Relvas e considera que as repetidas polémicas deixam o Governo sem espaço de manobra, vítima de Miguel Relvas. “O problema é a piada de Jardim. O problema é, dentro do PSD, Capucho pedir a demissão. O problema é Pires de Lima e Bagão Félix também defenderem a demissão. O problema é todo o ruído criado à volta do assunto. E não vale a pena dizer, como o procurador-geral da República, que não há ilícito criminal, porque caso contrario seria investigado”, sustenta Marcelo, que apenas vê uma solução.
Marcelo Rebelo de Sousa diz que o primeiro-ministro Passos Coelho tem de considerar o desgaste que esta polémica de Miguel Relvas suscita no Governo e no próprio partido, sendo que, de acordo com o professor, a queda de Miguel Relvas é o único caminho. Uma saída que não tardará”, realça Marcelo, à TVI.
Luís Marques Mendes é apontado por Marcelo Rebelo de Sousa como o sucessor ideal. “Esteve na presidência do Conselho Ministros com Cavaco Silva e Durão Barroso, foi líder do partido e ainda conhece o que é a coordenação política”, lembrou o Marcelo Rebelo de Sousa.
A contagem decrescente do exercício de Miguel Relvas como ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares parece estar perto do fim.
