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Marcelo comenta que “remodelação sem Miguel Relvas é uma brincadeira” e quer no Governo Paulo Rangel

“Qualquer que seja a decisão do Tribunal Constitucional, uma demissão do Governo ou eleições antecipadas era uma insanidade absoluta. Acho que o Presidente devia convocar um Conselho de Estado, sobretudo se a decisão for muito forte contra o Governo, porque deve ouvir o Conselho de Estado sobre uma situação e cenários para uma situação em que é fundamental não agravar a situação que existe”, justificou-se.

“Começar de novo”

Daí que seja necessária uma “remodelação de fundo” que traga “uma estratégia nova, porque a estratégia que existiu até agora está esgotada”. “É preciso começar de novo”, sem o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, pois “uma remodelação sem Miguel Relvas é uma brincadeira”.

“Tem de haver coordenação política forte, provavelmente separando o ministro da Presidência do ministro dos Assuntos Parlamentares. Um ministro da Presidência tipo Fernando Nogueira, uma pessoa fora, um senador, um patriarca. Um ministro dos Assuntos Parlamentares poderia ser Assunção Cristas, por exemplo, se for do partido minoritário, ou pode ser Paulo Rangel se Passos Coelho o convidasse para o Governo e Paulo Rangel dirá que eu estou a queimá-lo, mas não é”, reforçou.

Já o segundo governante mais odiado tem a ‘renovação’ assegurada. O ministro das Finanças “está muito enfraquecido”, reconheceu Marcelo Rebelo de Sousa, só que a “remodelação tem de aguentar ao colo Vítor Gaspar por causa do peso externo dele”. “Tem de continuar, pelo menos enquanto houver esta renegociação” das maturidades da dívida, argumentou.

O comentador sugeriu para a Economia alguém “tipo Daniel Bessa”, embora reconhecendo que seria quase impossível ele aceitar o convite, pois terá que ser “alguém que as pequenas e médias empresas apreciem, um homem do norte ainda por cima, e que dê a sensação de abertura à esquerda”.

Houve ainda tempo para Marcelo analisar a concorrência, depois do anterior primeiro-ministro ter reforçado o comentário político da RTP. José Sócrates “será o polícia mau e Seguro o polícia bom”, permitindo ao atual secretário-geral do PS moldar uma imagem de maior consenso.

“Vai condicionar António José Seguro, porque é mais eficaz, porque é mais contundente, porque vai dizer que coisas que Seguro não quer nem pode dizer e por ventura nem sabe dizer, porque faz política sem emoção, mas vai ser útil a António José Seguro, porque é bom para ele Sócrates ser o polícia mau para ele ser o polícia bom. É bom ter alguém que de vez em quando dá uma arrochada no Governo e no Presidente, que ele cola ao Governo”, explicou.

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