Como exemplo do “oportunismo”, o antigo líder do PS recordou a crítica de Gaspar à negociação do memorando, assinado na época do Governo socialista de José Sócrates: “é ao fim de dois anos que ele descobre que os juros não deviam estar assim? E que o prazo de pagamento não devia estar assim? Dá uma sensação de falta de sentido de Estado e de oportunismo de Vítor Gaspar vir atacar o PS por uma coisa que o seu Governo achou muito bem”.
“Eu sempre disse que Vítor Gaspar era uma mais-valia, mas acho que começa a ser… É uma patente, uma menos-valia do Governo. Era uma mais-valia por causa do prestígio externo, mas os erros e o discurso que faz internamente são de tal forma desastrosos que não compensa o que tem de prestígio externo”, reforçou.
“Acho que é um problema do Governo e acho que findas as autárquicas o primeiro-ministro tem de pensar muito seriamente” em demitir o ministro das Finanças, insistiu Rebelou de Sousa, “se não é um problema excessivo do Governo”. Passos deve “prescindir de um homem que pode ter sido muito importante numa primeira fase, mas que agora é bastante inútil”, aconselhou.
