Economia

A inacreditável maquia espalhada pelos paraísos fiscais

Sabe quantos milhões estão espalhados nos diversos paraísos fiscais, em todo o mundo? É um número assustador, escrito com 14 algarismos. Para atingir essa soma, todos os portugueses teriam de trabalhar 160 anos. Um dado que surge numa altura em que rebenta o escândalo ‘Panama Papers’.

São 32 biliões de dólares. Escreve-se assim: 32 000 000 000 000. Este é o valor que está guardado em paraísos fiscais, em todo o mundo. Para Portugal conseguir produzir esta riqueza, teríamos, nós, portugueses, de trabalhar durante 160 anos.

O número foi avançado pelo investigador João Pedro Martins, do Observatório de Gestão de Fraudes, na TVI24, numa altura em que o caso ‘Panama Papers’ expôs crimes de corrupção, a nível mundial.

O caso foi suscitado por uma gigantesca fuga de informação, com com milhões de documentos confidenciais, que denuncia a forma como algumas personalidades mundiais escondem dinheiro e património, escapando ao fisco.

O escândalo ‘Panama Papers’ foi divulgado por um Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, que reúne órgãos de comunicação social de 65 países.

Uma fuga de documentação de uma empresa de advogados com sede no Panamá, a Mossack Fonseca, tornou públicos nomes de figuras que fugiram ao fisco, através de esquemas até agora secretos.

São mais de oito milhões de documentos e 11 milhões de ficheiros sobre contas, que envolvem dezenas de chefes de Estado (como o presidente russo Vladimir Putin, ou o presidente sírio Bashar Al-Assad) e também antigos ditadores, como Kadhafi e Hosni Mubarak. Há ainda membros da coroa espanhola, mas não só.

Na longa lista de personalidades envolvidas no escândalo há nomes de outros quadrantes, desde o desporto, como Lionel Messi, artistas, como Pedro Almodóvar, entre outros. Pelo menos um português está envolvido no caso: Idalécio de Oliveira.

O ‘Panama Papers’ é a maior fuga de informação jamais registada e envolve um escândalo financeiro à escala global. Para já, só é conhecida uma ponta do iceberg de uma prática que coloca em causa os paraísos fiscais.

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