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Mais de terço dos idosos foi vacinado contra a gripe sazonal nas últimas três semanas

vacinaA campanha de vacinação contra a gripe sazonal está a decorrer a “um ritmo muito satisfatório”, revelou o ministro da Saúde, embora ainda haja “assimetrias”. No grupo de risco dos idosos, 36 por cento recebeu a vacina desde o início da campanha, há três semanas.

Os idosos acima dos 65 anos são o grupo de risco mais coberto pela vacinação contra a gripe sazonal, cuja campanha teve início há três semanas. Segundo o Vacinómetro, foram já vacinados 666 mil idosos, representando 36 por cento do grupo. Um valor bem acima da média de 27,3 por cento de todos os grupos prioritários, como doentes crónicos (28 por cento), adultos entre os 60 e 64 anos (23 por cento) e profissionais de saúde ou de outras profissões de risco (22 por cento).

Com as Administrações Regionais de Saúde (ARS) a “monitorizar” a campanha, o ministro da tutela, Paulo Macedo, mostrou-se agradado com o “ritmo muito satisfatório” da vacinação, não escondendo que ainda há “assimetrias” no programa de vacinação. Ainda assim, “um número mais significativo de pessoas vai ser vacinado este mês”, afiançou o ministro da Saúde, salientando que as doses administradas nestas três semanas ultrapassaram o total administrado na última época gripal.

Essas “assimetrias” referidas por Paulo Macedo, que falou durante uma audição na Comissão Parlamentar de Saúde, foram descritas pelo anterior secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro: “sabemos que na região de Lisboa o programa está a funcionar bem, que na margem sul funciona muito mal e que no Porto há casos em que está a ser bem aplicado e em outros mal”.

Nos grupos de risco, é no Norte que a campanha tem avançado melhor, cobrindo 32,8 por cento da população prioritária, ao contrário do Alentejo, onde a percentagem de vacinação é de 24,3. Quanto ao género, os homens estão proporcionalmente mais protegidos do que as mulheres: 30,3 contra 24,9 por cento.

Quem não estiver incluído num grupo de risco pode comprar a vacina na farmácia (há 1,7 milhões de doses disponíveis) mediante receita médica, beneficiando de comparticipação do Estado. “A gripe é a principal doença do adulto prevenível pela vacinação e, no nosso país, esta infeção é responsável por milhares de internamentos hospitalares e centenas de óbitos”, salientara o pneumologista Filipe Froes, no primeiro balanço da campanha.

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