Marcelo Rebelo de Sousa deixa um conselho ao “amigo” Rui Machete: deixe o Governo “pelo seu pé”, mas depois de passado “este período” de contestação. O comentador abordou ainda o “erro” de cortar nas pensões de viuvez quando a receita não justifica “o custo social”.
As repetidas polémicas a envolverem o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros impedem, no entender de Marcelo Rebelo de Sousa, que Rui Machete aguente até ao final da legislatura. Ontem, no comentário dominical para a TVI, o ex-líder do PSD aconselhou o “amigo” a demitir-se assim que passar “este período” de contestação.
“Como comentador e como seu amigo aconselho-o a deixar passar este período e a sair daqui a algum tempo pelo seu pé, quando já ninguém esperar que o faça”, argumentou Marcelo Rebelo de Sousa. O ministro é um alvo fácil para a oposição, pelo que a tendência do primeiro-ministro será manter Rui Machete, que assim se torna num “problema” para o Governo, complementou.
Além deste “problema”, o Governo terá de resolver o “erro” do corte nas pensões de viuvez. Marcelo Rebelo de Sousa antecipou que a medida “dificilmente passa no Tribunal Constitucional”, mas levanta desde já dúvidas sobre a eficácia do corte: “aquilo que se ganha financeiramente não é tão importante e tão grave que justifique porventura o custo social”.
