É a primeira vez que uma lula gigante é filmada no habitat natural. O animal deveria ter oito metros, mas mede apenas três devido à falta dos tentáculos principais. A filmagem foi obtida por uma equipa de cientistas japoneses a 630 metros de profundidade, ao largo de Chichijima.

Três cientistas japoneses foram os primeiros a observar uma lula gigante em habitat natural. O feito, registado a 630 metros de profundidade ao largo da ilha de Chichijima (Japão), durou pouco tempo, pois o animal fugiu para uma zona mais profunda. Contudo, permitiu que, pela primeira vez, uma lula gigante ficasse registada em vídeo.

“Investigadores de todo o mundo já tinham tentado filmar este animal no seu meio natural, mas até agora em vão”, adiantou Tsunemi Kubodera, zoólogo do Museu Nacional de Ciência e Natureza do Japão e um dos três elementos que, num submergível, realizam um documentário para o Discovery Channel e para a NHK, uma estação de televisão japonesa. “Ela brilhava e era muito bonita. Fiquei emocionado quando a vi com os meus olhos”, acrescentou Kubodera, citado pela AFP.

Apesar deste anúncio, hoje, as imagens foram registadas a 10 de julho de 2012. Uma primeira edição deve ser apresentada ainda em janeiro, mas o objetivo final é concluir um documentário sobre a lula gigante. “Com este registo, esperamos aprender mais sobre a vida desta espécie, que permanece como um mistério até hoje”, salientou Tsunemi Kubodera.

O animal filmado teria três metros, mas a falta dos dois principais tentáculos levou os cientistas a considerar que chegou a ter oito metros de comprimento. O submergível conseguiu filmar a lula até aos 900 metros de profundidade, mas a partir daí perdeu o contacto.

A primeira vez que uma lula gigante é filmada em habitat natural tem uma coincidência com a primeira vez em que foi fotografada: Tsunemi Kubodera era um dos cientistas presentes. Foi em 2004 que esta espécie foi fotografada em pleno habitat, também ao largo de Chichijima.