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Louçã diz que Governo “violou os contratos democráticos” e “ultrapassou linha de indignidade”

ar2Coordenador e deputado do Bloco de Esquerda (BE), Francisco Louçã, defende que o Governo “violou contratos democráticos”. Nesse sentido, aponta Louçã, o executivo de Passos Coelho deve demitir-se,. O coordenador do Bloco, que falava na Assembleia da República, na apresentação da moção de censura do Bloco, considera que o CDS, parceiro de coligação do Governo, é cúmplice de um aumento de impostos contra o qual sempre se manifestou.

Francisco Louçã pediu a demissão do Governo, que é acusado de violar “todos os contratos democráticos”. Na apresentação de censura ao Governo, nesta quinta-feira, na Assembleia da República, Louçã foi considerou que o executivo não tem condições para cumprir o mandato, até porque o parceiro de coligação, o CDS, se comprometera a não permitir uma subida impostos – o que sucedeu ontem.

“Violaram todos os contratos democráticos e merecem ser demitidos. Levaram a cabo o maior aumento de impostos da história de Portugal. Nunca um Governo criara tanto consenso em Portugal desde o 25 de Abril”, vincou Francisco Louçã, que apontou o dedo ao partido de Paulo Portas, acusado de não cumprir o que inscreveu no seu programa eleitoral.

Pedro Passos Coelho foi ainda criticado por, segundo o líder do Bloco de Esquerda, se “esconder” atrás do ministro das Finanças, para anunciar mais um pacote de austeridade, que Francisco Louçã apelida de “bombardeamento fiscal” de Vítor Gaspar.

“O Governo ultrapassou a linha da indignidade e Portugal vai pagar mais. É um Governo sem credibilidade, contra a Constituição, incompetente e cuja política aumenta a dívida, empobrece o país e aumenta o défice”, defendeu o coordenador do BE, num rol de críticas que envolveu os deputados da maioria PSD e CDS.

“Haverá alguém nesta sala que se levante e diga que ‘isso vai resultar’? Os deputados da direita estão aterrorizados”, salientou Louçã, numa alusão às alterações aos escalões do IRS e à sobretaxa do mesmo imposto.

Ana Drago, deputada do Bloco de Esquerda, manteve o tom crítico. “Os deputados da maioria estão com cara de velório, porque este Governo está morto”, disse a deputada.

Esta moção de censura surge um dia depois de um novo pacote de austeridade, apresentado ontem, para substituir a Taxa Social Única.

O Governo optou por reduzir os escalões de IRS, o que representará uma subida deste imposto para as classes médias e alta, sendo que os agregados com rendimentos anuais mais reduzidos ficam também mais protegidos deste aumento de impostos.

No entanto, além da redução dos escalões de IRS, há uma sobretaxa de quatro por cento, anunciada ontem pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar. Ou seja, todas as famílias vão enfrentar uma perda de rendimentos, que será maior quanto maiores forem esses rendimentos. leia mais.

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