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Lindemberg julgado pela morte da namorada num crime que chocou o Brasil

lindembergO crime que chocou o Brasil já chegou aos tribunais, com Lindemberg Alves Fernandes a responder pela morte de Eloá Pimentel, sua ex-namorada de 15 anos, após barricar-se no apartamento desta. Depois de a tornar refém durante mais de cem horas, Lindemberg disparou duas vezes, matando a adolescente.

A segunda sessão do julgamento de Lindemberg Alves Fernandes fica marcada pelo testemunho emocionado de Ronickson Pimentel dos Santos, irmão da vítima, que apelidou o réu de “monstro”.

Ronickson relatou alguns episódios de coação psicológica sobre a adolescente de 15 anos, praticados por Lindemberg, uma pessoa extremamente violenta, possessiva e que “provocava sofrimento” na ex-namorada.

A relação entre ambos estava a deteriorar-se e a família não aprovava o namoro, precisamente porque Eloá sofria e era alvo de violência. As discussões “eram constantes” e a adolescente “passava a vida a chorar”.

O crime ocorreu a 18 de outubro de 2008, em São Paulo. Por ciúme, Lindemberg assassinou a namorada, de forma fria e calculista, depois de um longo período em que manteve a jovem refém.

Foram mais de 100 horas de terrorismo, com ameaças de morte e alguns tiros disparados em direção às forças policiais e até civis que se encontravam nas imediações do apartamento, durante o período em que manteve a ex-namorada refém.

Lindemberg, depois de invadir o apartamento em Santo André (no dia 13 de outubro de 2008), onde estava Eloá Pimentel e alguns amigos, fez alguns reféns e foi libertando, um a um, todas as pessoas que estavam na casa. Todas, exceto a ex-namorada, Eloá Pimentel.

Por razões passionais, Lindemberg decidiu matar a jovem, na mais longa barricada de São Paulo. Durante as 100 horas, a polícia tentou negociar com o assassino. Essas negociações surtiram efeito na libertação dos reféns. Mas, numa altura em que Lindemberg já ameaçava matar a jovem, afirmando que tinha no corpo “um anjo e um demónio”, a polícia ouve dois tiros.

Suspeitou-se que Lindemberg tinha assassinado Eloá Pimentel. A polícia já tinha no apartamento e confirmou que a jovem fora atingida duas vezes. Acabou por ser assistida num hospital de São Paulo, mas entrou em morte cerebral. A polícia entretanto já detivera Lindemberg, que responde pelo crime.

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