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Líder da Câmara de Representantes dos EUA prepara resolução a condenar declarações de Trump

A líder da Câmara de Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, anunciou hoje que está a trabalhar numa resolução de condenação das declarações de Donald Trump sobre quatro congressistas Democratas.

Donald Trump “foi além do seu baixo nível ao usar uma linguagem vergonhosa sobre membros do Congresso”, afirmou Nancy Pelosi acrescentando que os comentários xenófobos e “repugnantes” de Trump não podem ficar sem refutação.

O Presidente Donald Trump fez comentários racistas acerca de quatro mulheres congressistas, dizendo-lhes, através de mensagens na rede social Twitter, para voltarem para os seus países, apesar de todas serem cidadãs norte-americanas e três terem nascido nos estados Unidos.

“É tão interessante ver congressistas Democratas ‘progressistas’, que vieram originalmente de países cujos governos são uma catástrofe total e completa, o pior [que existe], os mais corruptos e inaptos do mundo (se é que têm sequer governos a funcionar), a dizer agora, em voz alta e agressivamente, ao povo dos Estados Unidos, a maior e mais poderosa nação do mundo, como é que o nosso governo deve ser administrado”, escreveu Trump no Twitter.

A líder da Câmara de Representantes pediu a eleitos dos dois partidos, Democrata e Republicano, que apoiem a resolução referindo que se os EUA “fechassem a porta para novos americanos”, a sua “liderança no mundo perdia-se de imediato”.

A resolução é promovida pelo deputado Democrata de Nova Jérsia Tom Malinowski, que nasceu na Polónia e juntou-se a outras pessoas nascidas fora dos EUA.

Entretanto, Donald Trump reafirmou os comentários xenófobos e voltou a atacar as quatro congressistas Democratas acusando-as de “amar os inimigos” dos Estados Unidos e dizendo-lhes para deixarem o país se não estavam felizes.

“Este grupo de quatro pessoas (…) reclamam constantemente”, salientou Trump na Casa Branca, em referência a Alexandria Ocasio-Cortez, de Nova Iorque, Ilhan Omar, do Minnesota, Ayanna Pressley, de Massachusetts, e Rashida Tlaib, do Michigan.

“São pessoas que odeiam o nosso país. Têm um ódio visceral”, afirmou Trump acrescentando que se as quatro congressistas democratas “não estão felizes” nos EUA “podem ir embora”.

Uma das congressistas em causa, Alexandria Ocasio-Cortez sublinhou, em resposta, ser do mesmo país que Donald Trump.

“Sr. Presidente, o país de onde eu venho e o país que todos nós juramos defender são os Estados Unidos”, escreveu numa publicação do Twitter.

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