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Júlia Costa lamenta “perseguição política” após as buscas na Câmara de Caminha

julia_paula_costaA presidente da Câmara de Caminha justificou as buscas de ontem, efetuadas pela Judiciária, com as “queixas anónimas” que visam tirar “aproveitamento político”. Para Júlia Paula Costa, o resultado das investigações será “a montanha a parir um rato”.

Nove inspetores da Polícia Judiciária (PJ) efetuaram, ontem, buscas na Câmara Municipal de Caminha, tendo recolhido diverso material para apurar eventuais indícios criminais. A presidente da autarquia, Júlia Paula Costa, defendeu que os inspetores do Departamento de Investigação Criminal de Braga estão a perseguir fantasmas na sequência de “queixas anónimas”, as quais foram efetuadas apenas para retirar “aproveitamento político”.

“Agora, quando a montanha a parir um rato, não foi ninguém. Foram os cobardes anónimos”, criticou a edil, sublinhando que “ninguém do Executivo foi constituído arguido” e sentindo-se vítima duma “perseguição política” e “cobarde”.

Os inspetores terão levado, de acordo com Júlia Paula Costa, documentação referente a concursos públicos (para a construção do canil e gatil municipal e para a contratação de duas assessoras de Imprensa) e a despesas de serviço, nomeadamente de um acidente com uma viatura municipal, bem como extratos das aplicações financeiras e depósitos da edilidade.

No material apreendido constam também cópias dos registos de horas extraordinárias e das ajudas de custo pagas a três funcionárias, uma listagem das despesas de representação, no exterior, da própria presidente da Câmara, cópia da listagem das lembranças de Natal atribuídas pela autarca e, por último, documentação alusiva ao pagamento de senhas de presença de Júlia Paula Costa na empresa municipal responsável pela construção e gestão das piscinas de Vila Praia de Âncora.

Na base de tudo isto, segundo a autarca eleita pelo PSD, estão as denúncias anónimas efetuadas em 2010, depois da Imprensa local já ter referido alguns dos assuntos mencionados: “nas vésperas de uma campanha eleitoral, fala-se de situações denunciadas anonimamente e não das obras que estamos a fazer em Caminha. Estão aqui em causa fins político-partidários. É uma perseguição política”.

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