Ontem, a Polícia Judiciária (PJ) realizou a reconstituição da tragédia da Praia do Meco, que tirou a vida a seis estudantes da Universidade Lusófona de Lisboa. A diligência contou com a presença de João Miguel Gouveia, segundo adianta a RTP. As autoridades estiveram na casa arrendada e repetiram os últimos passos dos estudantes, naquela noite fatídica.
A reconstituição da tragédia da Praia do Meco decorreu ontem, cerca de dois meses após a morte dos seis estudantes da Lusófona, colhidos por uma onda, em circunstâncias que a Polícia Judiciária de Setúbal está a apurar.
De acordo com a RTP, essa reconstituição contou com a presença do dux João Gouveia, único sobrevivente numa história que está a ser analisada com detalhe.
A PJ deslocou-se à casa de Aiana de Cima, alugada pelos jovens estudantes, realizou um percurso até à Praia do Meco, contando com o testemunho do dux. Esta diligência – que envolveu cerca de 10 pessoas e duas viaturas – ocorre dois meses depois da morte dos jovens. E essa data é assinalada hoje, com uma missa na Paróquia do Campo Grande.
Não é crível que esta diligência da PJ de Setúbal altere o rumo das investigações. João Miguel Gouveia é testemunha do caso e está a colaborar com as autoridades. Chegou a ser aventada a possibilidade de ser constituído arguido, o que não se confirmou.
Empenhadas em colaborar com a investigação estão as famílias das vítimas, que quiseram ser assistentes no processo e já forneceram algumas informações relevantes para a investigação. No entanto, ainda não receberam a resposta ao pedido realizado, para serem assistentes na investigação.
Vítor Parente Ribeiro, advogado das famílias, garante que estas “continuam a recolher diversos elementos” que sirvam de prova para o Ministério Público.
Em causa estão dúvidas sobre alegada prática de praxe, na noite de 14 para 15 de dezembro. Algumas testemunhas, residentes no Meco, afirmaram que viram os jovens a serem praxados, a rastejar, horas antes da tragédia.
Recorde-se também que a TVI divulgou uma troca de SMS (entre uma das vítimas e uma estudante amiga), sendo que esta revela que naquele fim de semana, no Meco, estavam programadas praxes.
Caso esses planos tenham sido fiéis à troca de mensagens, estariam presentes outras pessoas, além do dux da Universidade Lusófona, João Miguel Gouveia.
A vítima Joana Barroso terá revelado, nessa mensagem de telemóvel, no dia 3, que iria ser praxada pelo dux João Miguel Gouveia e por dois honoris duces.