O vulcão Kelud entrou em erupção, ontem à noite, e provocou a morte de três pessoas, na ilha de Java (Indonésia). Há mais de 200 mil desalojados e até os Budas do templo de Borobudur, o maior do mundo, tiveram de ser cobertos devido à nuvem de cinzas e fumo.
O vulcão Kelud, um dos 130 vulcões ativos entre os 400 da Indonésia, entrou em erupção na noite de ontem, lançando uma nuvem de cinzas, areia e fumo que se espalhou ao longo de oito quilómetros. O peso dos sedimentos lançados pelo vulcão levou ao colapso de vários edifícios, dos quais resultaram dois mortos, um homem e uma mulher, ambos com 60 anos, que foram apanhados pela queda dos telhados das respetivas casas.
Há ainda informações sobre uma terceira vítima mortal, sem pormenores, e sobre a existência de mais de 200 mil desalojados. Sete aeroportos foram encerrados, assim como as escolas e outros equipamentos públicos.
A nuvem de fumo e cinzas, que subiu até aos 17 quilómetros de altura e cujos detritos chegaram a atingir pontos localizados a 500 quilómetros, levou ainda as autoridades indonésias a encerrar o templo de Borobudur, o maior do mundo e que atrai milhares de visitantes por ano. As várias estátuas de Buda tiveram de ser cobertas com plásticos, assim como partes do templo.
Toda a zona num raio de dez quilómetros ao redor do vulcão foi evacuada pelas autoridades, apesar da erupção ter, entretanto, terminado. Foi, ainda assim, a suficiente para deixar uma camada de cinzas de três a cinco centímetros nas estradas.
De acordo com uma fonte do Ministério dos Transportes, os sete aeroportos devem reabrir amanhã.
A última erupção do Kelud, um dos 65 classificados como vulcões perigosos na Indonésia, o quarto país mais populoso do mundo, tinha sido em 1990, altura em que matou dezenas de pessoas. O recorde é ainda datado de 1568, quando o Kelud foi reponsável pela morte de cerca de 10 mil pessoas.
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