O Governo anunciou um investimento de 40 milhões de euros para tratamentos nos IPO, o que deixou a Liga Portuguesa Contra o Cancro “satisfeita”. Porém, o presidente, Francisco Ferreira, lembrou que “as verbas nunca são suficientes” no campo da oncologia.

Mais vale 40 milhões de euros do que menos. Ao saber do anúncio, hoje revelado pelo Governo, de um investimento de 40 milhões de euros nos Institutos Portugueses de Oncologia (IPO) de Lisboa, Porto e Coimbra, o presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Francisco Cavaleiro Ferreira, deixou um agradecimento e um alerta.

“As verbas nunca são suficientes para a luta contra o cancro, mas é muito bom saber que há um investimento adicional de 40 milhões de euros, vemos isso com muita satisfação”, comentou o dirigente, citado pela Lusa.

As verbas “nunca” chegam porque a luta contra o cancro “está difícil”, quer por ser uma patologia “muito difícil”, quer porque “tem vindo a aumentar nos últimos anos e, tudo indica, continuará a aumentar no futuro”, frisou o responsável.

Em Portugal, são detetados 50 mil casos e ocorrem 25 mil óbitos por ano. “Um em cada quatro portugueses tem ou vai ter a doença”, estimou Francisco Cavaleiro Ferreira, apontando que os dados apontam para que, em 2030, esta proporção seja de “um em cada três”.

“É preciso as pessoas estarem informadas e cientes do que é a doença e não a recearem. Há que desmistificar a doença e a Liga faz um esforço grande na prevenção primária de informação e esclarecimentos”, salientou o dirigente.

Apesar de “não existir cura”, as “taxas de sobrevivência já são assinaláveis”, destacou ainda o presidente da Liga.

Cabe às pessoas serem mais responsáveis, como ficando atentas a “certos sinais no corpo”, adotarem hábitos de vida mais regrados e fazerem rastreios sempre que possível, complementou Francisco Cavaleiro Ferreira.