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Infertilidade masculina superada com ato médico simples e pouco invasivo

reformadosUma pesquisa de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) concluiu que a infertilidade masculina pode ser superada através de uma biópsia testicular, ato médico simples e seguro. A maioria das cirurgias é bem sucedida.

A equipa de investigadores da FMUP concluiu que o problema da infertilidade masculina pode ser superado de modo mais simples, através de uma cirurgia com grande taxa de sucesso e que não é muito evasiva.

Os cientistas chegaram a esta conclusão depois de procederem ao isolamento de espermatozoides (através da biópsia testicular) de quatro em cada cinco homens, que padeciam de infertilidade grave.

Em 79,6 por cento desses pacientes – de um total de 113 homens que estavam a ser acompanhados na área de andrologia numa unidade pública de referência – foi possível obter espermatozoides. Esses espermatozoides permitiram 58 fertilizações e 22 gravidezes clínicas.

O fator que determinou (aumentando ou reduzindo) a taxa de sucesso do tratamento foi a idade da mulher, o que significa que a biópsia testicular apresenta uma grande probabilidade de permitir gravidez a partir de espermatozoides de homens submetidos a tratamento de infertilidade.

Um investigador da FMUP, o urologista Francisco Botelho, salienta que mesmo nos casos em que há fatores de “mau prognóstico, como testículos atróficos ou níveis de hormónio-folículo estimulante elevados, por exemplo, vale a pena utilizar esta técnica”. A idade do homem não é relevante e a taxa de sucesso da biópsia é igual em todos os pacientes.

Todos os homens que padeçam de “infertilidade grave, independentemente das causas subjacentes, poderão ser submetidos a esta técnica e esperar um bom resultado”, indica ainda Francisco Botelho.

Esta biópsia testicular consiste na extração de uma amostra de pequenas dimensões de tecido dos testículos. É um procedimento clínico pouco invasivo, que pode ser levado a cabo em regime de ambulatório.

De acordo com o clínico, nove em cada dez pacientes podem ser sujeitos a esta biópsia testicular, desde que a infertilidade se deva a causas masculinas. Para que a gravidez seja bem sucedida, no entanto, é necessário recorrer a serviços de genética e de ginecologia e obstetrícia.

Estes serviços serão responsáveis pelas áreas da fertilização e introdução do embrião no útero da mulher. A técnica – que representa um enorme avanço no tratamento da infertilidade masculina – vai merecer honra de publicação na revista Andrologia.

As probabilidades de gravidez a partir de espermatozoides de homens que estavam a ser tratados pela sua infertilidade são grandes, sendo que as diversas técnicas de procriação que a ciência atualmente fornece vêm aumentar as hipóteses de sucesso destas biópsias testiculares.

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