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Imunoterapia cura 88% dos casos de leucemia

imunoterapia 210imunoterapiaUma investigação conduzida nos EUA demonstrou que a imunoterapia levou à remissão de 88 por cento dos casos de leucemia. A técnica consiste em utilizar o próprio sistema imunológico para eliminar as células cancerígenas.

Um estudo desenvolvido pelo Memorial Sloan Kettering Cancer Center, nos EUA, demonstrou que a imunoterapia resultou em 88 por cento dos casos de leucemia envolvidos na investigação. O resumo foi agora publicado na revista Science Translational Medicine.

A técnica consiste em usar o próprio sistema imunológico para eliminar as células cancerígenas. A leucemia linfoblástica aguda (LLA) é um dos cancros com melhores hipóteses de tratamento, mas também apresenta uma alta taxa de reincidências. O pior é que, nestes casos, os organismos dos doentes ficam mais resistentes à quimioterapia.

“Este é um fenómeno real”, garantiu o investigador Renier Brentjens, considerando que a imunoterapia pode tornar-se numa “reviravolta paradigmática na forma como nos aproximamos do tratamento do cancro”.

Outros centros de investigação apresentaram taxas de remissão semelhantes, acrescentou o cientista, “demonstrando que isto não é um acaso”. A maior remissão, na investigação conduzida no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, tem dois anos de duração.

Os cientistas acreditam que, sem a imunoterapia, 30 por cento dos pacientes envolvidos iriam apresentar uma reincidência da doença, mas seriam capazes de responder à quimioterapia.

Através da imunoterapia, algumas das células T dos doentes recebem um gel com uma proteína (conhecida como CD19) que as leva a atacar as células cancerígenas.

“Basicamente, o que fazemos é reeducar as células T no laboratório, com terapia genética, para reconhecerem e matarem células com tumores”, simplificou Brentjens, salientando que a técnica “parece realmente funcionar em pacientes com este tipo de cancro”, a LAA.

A próxima etapa é compreender os motivos que levam o tratamento a funcionar em todos os pacientes e identificar quais os outros tipos de cancro cujas células poderão ser eliminadas da mesma forma.

O estudo envolveu pacientes com uma idade média de 50 anos e com reduzida esperança de vida, sendo casos reincidentes e que já não respondia à quimioterapia.

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