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Imigrantes ‘compravam’ noivas e nacionalidade portuguesas por 11 mil euros

casamentocasamento bigO Ministério Público vai atuar contra uma rede suspeita de realizar casamentos por conveniência. Dedicados a imigrantes paquistaneses, estes matrimónios, realizados numa conservatória do Porto, permitiam a obtenção da nacionalidade portuguesa por 11 mil euros.

As autoridades terão desmontado uma rede de casamentos por conveniência, revela o Jornal de Notícias. Em causa estão matrimónios que eram realizados sempre aos domingos, na 1.ª Conservatória do Registo Civil do Porto, tendo por noivas mulheres portuguesas e por noivos imigrantes paquistaneses.

De acordo com o Ministério Público de Santo Tirso, os imigrantes ilegais ‘compravam’ a nacionalidade por 11 mil euros, através do falso matrimónio.

Asif Ali, um paquistanês que em 2008 obteve a nacionalidade portuguesa após casamento, seria o líder da rede e o principal angariador dos ‘noivos’, que pagavam cerca de 11 mil euros para obter a nacionalidade e o correspondente direito de livre circulação no espaço comunitário.

As ‘noivas’ eram angariadas, ainda segundo o Ministério Público de Santo Tirso, por Isaura Leite e Susana Brandão. Estas duas cidadãs portuguesas ‘recrutavam’ mulheres em situação de indigência com pagamentos que variavam entre os 2000 e os 3000 euros.

Os casamentos eram oficializados por Natalina Rita, segunda-ajudante da 1.ª Conservatória do Registo Civil do Porto. Como não pode haver matrimónio sem testemunhas, estas recebiam entre 50 a 500 euros.

O JN acrescenta que Natalina Rita vai ser acusada de crimes de corrupção e associação de auxílio à imigração ilegal.

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