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Humberto Coelho transforma “circo” em “respeito pela Pátria”

euro_2012_logo_1Em reação às palavras de Manuel José e Carlos Queiroz, em vésperas do Euro’2012, o vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Humberto Coelho, deu uma conferência de imprensa, onde mostrou indignação. O “circo” que rodeia a seleção, de acordo com aqueles técnicos, não é mais do que “respeito pela Pátria”, de acordo com Humerto Coelho.

Num conferência de imprensa, Humberto Coelho, vice-presidente da FPF, leu uma declaração, na qual rebateu as críticas de Manuel José e Carlos Queiroz, que afirmaram que havia um“circo em torno da seleção”, sendo que Queiroz revelou pressões de um patrocinador, no Mundial, para que deixasse que um dos convocados da equipa resultasse de um sorteio.

“O planeamento foi feito há bastante tempo em conjunto pela estrutura da FPF e pela equipa técnica. Só tivemos folgas a seguir aos jogos, o que é normal em qualquer equipa. E sobre as festas, quero lembrar que só houve a de despedida, em Óbidos. Depois visitámos a Fundação Champalimaud para homenagear todos os que lutam contra o cancro e visitámos o Presidente da República, uma mostra do respeito que temos pela Pátria. Nós compreendemos e aceitamos as críticas, que fazem parte do futebol, mas exigimos respeito, sobretudo por parte de quem faz parte da família do futebol”, declarou Humberto Coelho.

Sem querer tomar partido somente das palavras de Queiroz e Manuel José, o vice-presidente pediu que se fale mais do futebol português, “A dois dias do início de um Europeu é importante a união e, em meu nome pessoal, quero realçar esse pedido. Não podemos ter a certeza que vamos ganhar – essa é a beleza do futebol -, mas temos a certeza da determinação que vamos pôr em campo. Se ganharmos à Alemanha, vamos ganhar todos: a festa vai ser nossa”.

Relativamente aos custos com a presença da seleção na Ucrânia e na Polónia, Humberto Coelho realça números: “Fala-se do preço do hotel aqui em Opalenica, mas quero dizer que o que pagamos aqui na Polónia é inferior ao que pagámos no último Mundial e no último Europeu. Os impostos dos prémios, por objetivos, aos jogadores, vão ser pagos em Portugal e convém relembrar que tudo o que se paga – viagens, prémios e hotel – neste Europeu sai do dinheiro que vem do bolo que a UEFA paga pela presença da selecção. Não há custos para os portugueses, pelo contrário: servem para ajudar o Estado”.

Uma das críticas de Manuel José abordava o facto de os jogadores se apresentarem no estágio com carros luxuosos, exibindo ostentação num período de crise. Indignado, Humberto Coelho respondeu: “Os jogadores ganham muito dinheiro e toda a gente sabe disso. Pagam os seus impostos e podem ter bons carros. É bom termos pessoas ricas ao nosso lado, porque pagam mais impostos e ajudam os cofres do Estado”.

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