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Hospital de Guimarães castiga enfermeiros que só trabalharam o que está no contrato

Os 17 enfermeiros que recusaram prestar serviços de especialista no Hospital de Guimarães, por terem contrato como ‘simples’ enfermeiros, sofreram um corte no ordenado a rondar os 50 por cento. A administração castigou a greve de zelo como sendo 14 dias de faltas injustificadas.

Os enfermeiros visados recusaram-se a prestar serviços especializados na maternidade, tendo prestado os cuidados gerais de enfermagem: exatamente aquilo para que foram contratados.

A Ordem dos Enfermeiros já revelou que vai avançar com “um pedido de impugnação imediata da decisão do conselho de administração” do Hospital de Guimarães.

“Isto não é forma de tratar os enfermeiros. Alguém tem de sair do silêncio porque neste momento a Saúde está ingovernável”, sustentou a bastonária, Ana Rita Cavaco, em declarações ao Expresso.

Em nota enviada ao mesmo semanário, a administração do hospital justificou a instauração dos processos disciplinares, “nos termos que decorrem da lei e, objetivamente, do Parecer do Conselho Consultivo da Procuradoria Geral da República”, que levaram aos cortes no salário dos 17 enfermeiros parteiros.

“Decorrente do mesmo parecer, a recusa e subsequente não prestação de serviço pelos enfermeiros especialistas conduz a faltas injustificadas”, justificou o Hospital de Guimarães, embora contratualmente nenhum dos 17 visados tenha vínculo como especialista.

“No que decorre da legislação laboral, as faltas injustificadas não dão direito a remuneração”, complementou a administração.

Na sequência da penalização salarial, os 17 enfermeiros meteram baixa, “por falta de condições psicológicas e emocionais”.

 

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