Eduardo Silva, utente do Hospital de S. Sebastião, em Santa Maria da Feira, recorreu à urgência com o abdómen inchado e alega que lhe foi recusado um exame mais conclusivo. “Quando perguntei se era por causa do dinheiro, o médico olhou para mim e deu-me alta”, denuncia. O hospital nega.
Um utente do Hospital de S. Sebastião, em Santa Maria da Feira, alega que lhe foi negado um exame complementar por, concluiu pela reação do médico, ser demasiado caro. Quando recorreu à urgência, devido a um inchaço estranho na zona do abdómen, na quinta-feira, Eduardo Silva fez uma ecografia que detetou “uma pequena obstrução na veia que liga o coração ao fígado, podendo ocorrer uma trombose”.
Para um diagnóstico mais preciso, o médico que o assistiu terá tentado realizar uma tomografia computadorizada de vasos sanguíneos, a qual, segundo o utente, terá sido recusada por ordens superiores. “Em vez disso efetuaram nova ecografia e o resultado foi negativo. O médico insistiu que tinha dúvidas e teria de efetuar um exame mais conclusivo, mas não foi autorizado pela chefe de equipa. Quando lhe perguntei se era por causa do dinheiro, o médico olhou para mim, encolheu os ombros e deu-me alta”, afirma.
O Hospital de S. Sebastião nega a acusação, assegurando que não há restrição à realização de exames. Citado pela Lusa, o Conselho de Administração adianta, através da responsável pelo gabinete de Relações Públicas, que “o exame não foi realizado exclusivamente por razões de natureza clínica e por decisão dos médicos que intervieram no processo de tratamento do doente”.
