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Hepatites virais e cancro do fígado podem ser controlados com rastreio e vacinação

hepatite_bAs medidas de prevenção devem ser oferecidas, tanto mais que há portadoras de hepatites que não apresentam sintomas das doenças. A necessidade de implementação de programas de vacinação e de rastreio é fundamental para controlar e prevenir o alastramento das hepatites virais.

A hepatite viral, que causa até 78 por cento dos casos de cancro do fígado – sendo este a terceira causa mais comum de morte por cancro a nível mundial –, deve ser controlada através de boas práticas e de estratégias holísticas de prevenção. Esta foi a principal conclusão do estudo “Fazer a ponte entre as hepatites virais e o cancro do fígado”, apresentado durante o Congresso Internacional do Fígado, realizado entre 18 e 22 de abril em Barcelona, Espanha.

Este documento foi o principal suporte para um grupo de especialistas europeus recomendarem aos membros da União Europeia a implementação de um programa de vacinação para a hepatite B e de programas de rastreio para as hepatites B e C. Trata-se da principal das 15 recomendações elaboradas com o objetivo de controlar e prevenir o alastramento das hepatites virais.

Os especialistas referem que a maioria das ocorrências de cancros de fígado podiam ser evitados através da gestão das hepatites virais B e C, gestão essa que só seria possível com a existência de medidas que permitam a deteção precoce dessas hepatites, de cirroses ou de cancro do fígado.

O controlo e prevenção do alastramento só terá efeito quando forem articulados os três eixos essenciais: prevenção, vigilância/rastreio e melhores tratamentos. “As medidas de prevenção devem ser oferecidas, tal como a monitorização dos grupos de alto risco para detetar casos de hepatites virais, cirroses e cancro de fígado”, aconselham os especialistas.

A opinião foi reforçada por Rui Marinho, hepatologista no Hospital de Santa Maria, citado pelo Correio da Manhã: “o rastreio pode ser eficaz porque as pessoas muitas vezes não têm sintomas das doenças, mas podem ser portadoras sem o saberem”. Em Portugal, a vacina contra a hepatite B já integra o programa nacional de vacinação.

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