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Há idosos em lares a tomar medicação duplicada e desadequada

medicamento3 Em reação a um estudo sobre medicação nos lares de idosos, o presidente da associação de lares privados defende uma revisão regular, por parte dos médicos destas instituições. Os medicamentos que os idosos tomam são por vezes duplicados, escusados, ou desadequados ao seu estado de saúde.

A medicação dos idosos que estão em lares de terceira idade foi alvo de um estudo, por parte de investigadores do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz, que concluíram que existe medicação duplicada e desadequada.

Em reação à pesquisa, o presidente da associação de lares privados, João Ferreira de Almeida, considerou que os médicos dessas instituições “devem fazer a revisão terapêutica periodicamente”.

A pesquisa (publicada na Revista Portuguesa de Farmacoterapia) analisou a medicação tomada por 126 idosos de três lares de Lisboa e Vale do Tejo e do Alentejo.

E concluiu que há um excesso de medicamentos, sendo que alguns estão desadequados para os casos clínicos e outros são uma duplicação.

Alguns idosos institucionalizados estão a receber “medicamentos potencialmente inadequados” ao seu estado de saúde – o que representa um sexto dos 1315 fármacos avaliados.

Em média, cada um toma dois remédios que não se aplicam ao seu caso. Um em cada três tomam medicação que é contraindicada.

Cada idoso toma em média 10 remédios por dia e havia uma situação específica de um homem a quem tinham sido receitados 28 medicamentos.

O caso da duplicação de fármacos verifica-se nos antidepressivos ou ansiolíticos. Este estudo verificou que há uma enorme percentagem de idosos a tomar medicamentos que têm o mesmo princípio ativo ou pertenciam à mesma classe terapêutica: 45,8 por cento.

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