Nas Notícias

Para o ministro argentino, “era loucura” invadir as Malvinas, ou Falkland

guerra das falkland A tensão continua nas Malvinas (ou Falkland), depois da guerra de 1982. O Reino Unido vai gastar 180 milhões de libras no reforço do dispositivo militar, perante a “ameaça” de uma invasão da Argentina. “Era uma loucura” atacar o arquipélago, respondeu o ministro da Defesa argentino.

As ilhas Falkland, ou Malvinas, são uns ‘pequenos montes’ no Atlântico sul que deram origem a uma guerra, em 1982, entre a Argentina e o Reino Unido. Os europeus ganharam e mantêm desde então a soberania sobre o arquipélago.

Ontem, quando passaram 39 anos sobre o último golpe militar na Argentina (cujo feriado evoca a memória dos 30 mil desaparecidos durante a ditadura), no outro lado do oceano o ministro da Defesa britânico, Michael Fallon, anunciava um plano para reforçar e modernizar as infraestruturas de defesa nas Malvinas (ou Falkland).

No Parlamento, o governante referiu que o plano de dez anos e de 180 milhões de libras (a rondar os 245 milhões de euros) servirá para prevenir qualquer “ameaça” que possa vir da Argentina, que continua a reclamar a soberania sobre as ilhas.

“Precisamos de modernizar o nosso dispositivo de defesa local para que o número de tropas presente no arquipélago seja suficiente e para que esteja corretamente equipado em termos de defesas aéreas e marítimas”, argumentou Michael Fallon.

Tal hipótese de invasão da Argentina, que fica a apenas 400 quilómetros das Malvinas (ou Falkland), contra os 12.700 quilómetros que separam o arquipélago de Londres, foi rejeitada de pronto pelo ministro da Defesa argentino: “Era uma loucura”.

“Não existe qualquer comunicação oficial britânica sobre um reforço da sua força militar nas Malvinas e, muito menos, existe uma política argentina que aborde essa possibilidade”, reforçou Agustín Rossi, citado pela rádio FM Delta.

No mesmo dia em que Michael Fallon foi ao Parlamento explicar o plano de defesa das Falkland (ou Malvinas), o tablóide Sun revelava que a Argentina conta com o apoio da Rússia para invadir as ilhas. “Seria uma loucura”, insistiu o governante argentino.

A 29 de março de 1982, uma frota argentina avançou para o arquipélago, que conquistou a 3 de abril. Quase de imediato, a primeira-ministra Margaret Thatcher mandou avançar as tropas britânicas.

A 19 de abril chegou o primeiro navio britânico, um submarino nuclear. Dois dias depois, uma tropa de elite foi desembarcada num glaciar, em condições hostis à sobrevivência. No dia 26, a hierarquia militar argentina assinava a rendição das Malvinas (ou Falkland).

A guerra entre Argentina e Reino Unido prolongou-se até 14 de junho.

Em destaque

Subir