Os estivadores apresentaram um pré-aviso de greve que, na prática, vai esticar o atual estado de paralisação até ao dia 28 de novembro. Mesmo nos portos de Leixões e Sines, onde a contestação tem sido reduzida, serão sentidos os efeitos da contestação laboral.

De domingo a quarta-feira, quase todos os portos nacionais (Leixões e Sines serão as exceções) irão parar. O Sindicato dos Estivadores apresentou um pré-aviso de greve que engloba vários dias de luta, com realce para as paragens de 24 horas decretas para entre os dias 10 e 13. No dia 14, os trabalhadores dos portos irão associar-se à greve geral convocada pela CGTP, sendo de prever que nesse dia até em Leixões e Sines serão sentidos os efeitos da contestação laboral.

Como Américo Martins, do blogue Estivadores de Aveiro, explicou ao PT Jornal, os sindicatos dos estivadores estão inseridos na Frente Comum Sindical Marítimo-Portuária, pelo que há outros profissionais dos portos, como os pilotos, cuja adesão à greve dará maior expressão à contestação.

Também para o dia 27 foi agendada uma paralisação de 24 horas. De entre 21 a 26 de novembro, as paragens serão parciais. Os efeitos podem variar consoante os turnos ou o porto em questão. Desde o início dos protestos dos estivadores, ainda no final de setembro, que os portos de Lisboa, Setúbal, Figueira da Foz, Aveiro, Viana do Castelo e Caniçal têm sido os mais atingidos, enquanto Leixões e Sines têm ficado um bocado à margem da contestação.