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Grace Hopper homenageada com google doodle no dia do 107.º aniversário da programadora

grace hoppergrace hopper 600Grace Murray Hopper é lembrada com um google doodle, no dia em que se assinala o 107.º aniversário do seu nascimento. A analista de sistemas da Marinha norte-americana criou a programação Flow-Matic e a linguagem que aproximou a máquina do Homem. Grace Hopper é a mãe de uma expressão que hoje utilizamos: o termo “bug”, usado para designar uma falha num código-fonte.

Grace Murray Hopper nasceu em Nova Iorque a 9 de dezembro de 1906, efeméride que hoje se assinala com um google doodle, que retrata uma das grandes criações de uma equipa liderada pela almirante norte-americana: a programação de computadores que mais se aproximou da linguagem humana.

A programação Flow-Matic deu origem à criação do COBOL, COmmon Business Oriented Language, que abriu horizontes nesta área. Grace Hopper considerou que era necessário um sistema de linguagem orientada para negócios comuns. E assim lançou a ideia de se avançar nesse sentido.

O COBOL resultou, no entanto, do trabalho de uma grande equipa criada pelo Pentágono, onde se inseriu, naturalmente, esta analista de sistemas da Marinha norte-americana, hoje lembrada com um google doodle. Numa reunião no Pentágono em maio de 1959, foram definidos os comités e subcomités que iriam desenvolver o sistema idealizado por Grace Hopper.

O subcomité que desenvolveu as especificações da linguagem COBOL era composto por William Selden e Gertrude Tierney (da IBM), Howard Bromberg e Howard Discount (da RCA), e Vernon Reeves e Jean E. Sammet (da Sylvania Electric Products). Grace Hopper criou os comandos Flow-Matic, entretanto extintos.

A homenageada de hoje da Google viu por diversas vezes reconhecido o seu trabalho na programação. Em 1998, um navio da Marinha foi batizado com o seu nome: o contratorpedeiro USS Hopper.

Por outro lado, Grace Hopper é a criadora de um termo que ainda hoje é utilizado pelos programadores, para designar uma falha num código-fonte: ‘bug’ [inseto]. Este termo resultou de um episódio que ocorreu quando Grace Murray Hopper tentava corrigir um problema no código do seu computador: descobriu um inseto morto no interior da máquina. Esse inseto não era a razão da falha, mas inspirou a almirante norte-americana para designar uma falha de sistema.

Desde criança que Grace demonstrou grande curiosidade em perceber como funcionam os sistemas. Aos 7 anos, desmontou um despertador para o perceber. Não conseguiu, pelo que teve de desmontar mais seis despertadores, até que a mãe descobriu o ‘problema’.

Grace Hopper estudou na Hartridge School, em Plainfield, Nova Jérsia, e as baixas notas em Latim impediram-lhe o acesso ao Vassar College, aos 16 anos. No entanto, concluiu o bacharelato em 1928, em Matemática e Física, dois anos antes de concluir o mestrado na universidade de Yale.

Em 1943, Grace foi empossada na Marinha dos Estados Unidos. Formou-se em 1944 na primeira da turma e integrou, como tenente júnior, o Bureau of Ships Computation Project, da Universidade de Harvard.

Tentou transferir-se para a Marinha, no fim da guerra, mas a sua idade (38 anos) impediu-a. Permaneceu na Reserva da Marinha e no Laboratório de Computação de Harvard até 1949, recusando uma cátedra em Vassar para trabalhar como investigadora da Marinha. Em 1954, Grace Hopper é nomeada a primeira diretora de programação automática.

Grace Murray Hopper viria a morrer no Condado de Arlington, a 1 de janeiro de 1992. Hoje, dia em que se assinala o 107.º aniversário, é homenageada com um google doodle.

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