Economia

Governo espera que bancos reduzam crédito malparado para média europeia em 4 anos

O Governo espera que em quatro anos os bancos reduzam o crédito malparado para a média da União Europeia, disse hoje o secretário de Estado Adjunto e das Finanças.

Mourinho Félix, que hoje acompanha o ministro das Finanças numa audição no parlamento sobre o Novo Banco, disse que cada banco está a executar um plano de redução do crédito malparado que foi discutido com o Banco de Portugal e afirmou esperar que esses planos sirvam para Portugal ficar na média europeia a médio prazo.

“Em cerca de quatro ano esperamos que vá trazer o nível de malparado para a média europeia”, disse o governante, acrescentando que algum crédito malparado é normal na banca, já que esta é uma atividade de risco.

Em abril, a agência de ‘rating’ Fitch avisou os bancos do Sul da Europa, entre eles os portugueses, para reduzirem os ativos problemáticos enquanto as condições económicas forem favoráveis, para ficarem mais protegidos quando o ciclo económico se inverter.

A agência destacou que o rácio de empréstimos malparados continua acima da média europeia, de 10 por cento, em sete países europeus, entre os quais Portugal.

O sistema bancário português tem o terceiro maior rácio de crédito malparado, com 15,2 por cento.

O país que tem um rácio mais elevado de crédito malparado face ao total do crédito concedido é a Grécia (44,9 por cento), seguida de Chipre (38,9 por cento).

A Fitch disse ainda que a cobertura de reservas para ativos problemáticos em Portugal é apenas “média”, isto apesar da fragilidade do mercado imobiliário e do elevado endividamento do setor privado, não obstante os progressos feitos, ajudados pelas melhorias macroeconómicas.

Segundo a Fitch, os ativos problemáticos do setor bancário caíram cerca de 16 por cento no primeiro semestre de 2017, mas ainda eram 43 mil milhões de euros, quase um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal.

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