A relação das pessoas com a cama pode levá-las a acordar com as galinhas, ou a dormir até tarde. A razão está nos genes. Segundo um estudo, a genética é que determina se somos pessoas mais ou menos dorminhocas.

Acorda cedo sem dificuldade, ou aterra na cama e nem o despertador o levanta? A genética pode dar a resposta para estes comportamentos contraditórios.

Segundo sustentam investigadores da Universidade da Califórnia, num estudo sobre o sono, é a nossa herança genética que determina quantas horas de sono precisamos para nos sentirmos bem.

“Os nossos pais, através dos genes que nos transmitem, é que determinam quantas horas precisamos de dormir”, realça Louis Ptacek, investigador de neuro-genética daquela universidade norte-americana.

E assim se explica que os humanos tenham uma relação com o sono tão díspar, apesar de termos células nervosas que são reativadas pela luz, o que deveria fazer com que o relógio humano fosse mais uniforme.

Neste estudo sobre sono, Louis Ptacek e a sua equipa estudaram os hábitos dos animais, depois do sono, e identificaram um gene com a capacidade de produzir uma proteína capaz de alterar o nosso relógio biológico. Assim, o sono pode chegar mais cedo ou mais tarde.

“Se o relógio for mais rápido, a pessoa tem mais propensão a gostar de fazer as coisas cedo. Se suceder o inverso, será mais notívago”, salienta Derk-Jan Dijk, professor do centro britânico de investigação do sono, da Universidade de Surrey.

Porém, ao longo da vida os ‘relógios do sono’ vão sendo alterados. E por isso é que é mais fácil acordar uma criança do que um adolescente, por exemplo. “A demora dos adolescentes em acordar é adquirida ao longo da infância e puberdade, sendo que atinge o seu pico aos 19 anos, nas mulheres, e aos 21 anos, nos homens, segundo sustenta Till Roenneberg, investigador da Universidade Ludwig-Maximilians.

Deste modo, fica desmistificada a diferença de hábitos do sono, de pessoa para pessoa. A genética é que determina quantas horas precisamos de dormir.