Aos 90 anos, Gonçalo Ribeiro Telles foi distinguido com o prémio Sir Geoffrey Jellicoe 2013, considerado um Nobel da arquitetura paisagista. É o “reconhecimento” de um “pioneiro”, diz o Presidente da República, que defende “uma paisagem coerente, cultural e social no território”.
Na ponta mais avançada da carreira, Gonçalo Ribeiro Telles foi homenageado com aquele que é considerado o Nobel da arquitetura paisagista: o prémio Sir Geoffrey Jellicoe. Coube a Miguel Braula Reis, presidente da Associação Portuguesa dos Arquitetos Paisagistas, receber na Nova Zelândia a distinção atribuída pela Federação Internacional dos Arquitetos Paisagistas, no primeiro dia do congresso federativo.
O prémio Sir Geoffrey Jellicoe tem como objetivo “reconhecer um arquiteto paisagista cuja obra e contribuições ao longo da vida tenham tido um impacto incomparável e duradouro no bem-estar da sociedade e do ambiente e na promoção da profissão”. No caso de Ribeiro Telles, elogia um arquiteto que sempre defendeu “uma paisagem coerente, cultural e social no território” nacional, como o próprio sempre defendeu.
“É necessário que os arquitetos paisagistas existam com ideias, programas e intervenções”, mas sobretudo “que sejam ouvidos, compreendidos e que não sejam considerados como qualquer coisa que venha a mais”, afirmou o homenageado.
A consagração internacional de Gonçalo Ribeiro Telles foi, também ontem, evocada pelo Presidente da República, que emitiu uma mensagem alusiva ao “justo reconhecimento” de um “pioneiro na definição de uma cultura e de uma política ambiental e ecológica em Portugal”.