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Gémeo com síndrome de Down: Casal suspeito de abandono do bebé quer a custódia

gammyO casal australiano que alegadamente levou uma bebé saudável e abandonou o gémeo dela, portador do síndrome de Down, deu uma entrevista a prometer luta pela custódia do menino. Os pais negam a versão apresentada pela mãe biológica, a tailandesa contratada como barriga de aluguel.

Adensa-se a trama em redor de Gammy, o bebé nascido na Tailândia com síndrome de Down e que foi separado da irmã gémea.

O menino ficou com Pattaramon Chanbua, a jovem tailandesa contratada como barriga de aluguel por um casal australiano. A mãe biológica ficou com Gammy, portador de trissomia 21 e doente do coração, porque os australianos só levaram Pipah, a irmã saudável.

O caso levou à revelação de que o pai biológico, David Farnell, fora condenado em 22 casos por abuso de menores. Agora, o australiano pretende ficar com Gammy e anuncia que, ao lado da esposa, vai lutar pela custódia do bebé.

De acordo com Chanbua, o casal rejeitou levar o menino doente, depois de várias pressões para que a jovem abortasse, na sequência do diagnóstico que indiciava a síndrome de Down.

Farnell nega essa acusação e acusou a tailandesa de aproveitar-se do histórico de condenações para ficar com Gammy.

Os pais regressaram à Austrália devido ao “medo de perder também a pequena” Pipah, mas tencionam voltar assim que a menina esteja registada como filha.

As declarações de Farnell contrariam as anteriores, uma vez que o pai já declarara não ter conhecimento da existência de gémeos.

Ainda segundo o homem, o casal foi informado de que Gammy não sobreviveria ao parto, devido aos problemas cardíacos congénitos.

A situação deverá ser resolvida, em primeira instância, na Justiça australiana, onde as leis proíbem a contratação de ‘barrigas de aluguel’, o que ajudou a elevar a Tailândia como um destino preferencial para pais que sintam tal necessidade. Tal gestação só pode ser realizada por uma familiar e sem que haja dinheiro envolvido.

A polémica levantada pelas revelações de Pattaramon Chanbua levaram ainda as autoridades australianas a apertar o cerco às agências de adoções, nomeadamente às que trabalham com fecundação ‘in-vitro’ e ‘barrigas de aluguel’ na Tailândia.

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