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Gel desenvolvido em Cantanhede usa células estaminais para tratamento de feridas crónicas

diabetesUm gel desenvolvido a partir de células estaminais mostrou ser mais eficaz no “tratamento de doenças isquémicas em geral”, como resumiu Lino Ferreira. O produto, já patenteado, poderá ser aplicado por diabéticos, cujas feridas são de difícil cicatrização.

Os doentes mais propensos a contraírem feridas crónicas, como os diabéticos, poderão em breve ter uma solução mais eficaz. Um investigador da Universidade de Coimbra patenteou um gel, desenvolvido a partir de células estaminais recolhidas do sangue do cordão umbilical, que mostrou uma maior eficácia na cicatrização de feridas crónicas.

Lino Ferreira, de 41, já patenteou a criação que começou a desenvolver, em parceria com a empresa Crioestaminal, no ano de 2009. O investigador lidera uma equipa de seies elementos que desenvolve o estudo no Centro de Neurociências e Biologia Celular, localizado no Biocant Park, o parque de Biotecnologia de Cantanhede.

“A novidade é a conjugação de três componentes: a utilização de células estaminais que são isoladas do sangue do cordão umbilical, combinadas com células dos vasos sanguíneos que são elas próprias derivadas de células estaminais e um gel de biomimético, isto é, um gel produzido por componentes encontrados no sangue”, explicou Lino Ferreira, em entrevista ao Ciência Hoje.

Embora o gel – a 14.ª patente deste investigador – seja vocacionado para responder a feridas crónicas, pode também ser aplicado no “tratamento de doenças isquémicas em geral”. Ainda assim, o principal uso do futuro medicamento deverá passar pela diabetes, doença que afeta mais de 150 mil pessoas em Portugal e que apresenta feridas de difícil cicatrização, como ulcerações no pé.

A próxima fase da investigação é o ensaio clínico em humanos, para a qual a equipa liderada por Lino Ferreira ainda procura parceiros e financiadores.

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